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Paulo Fonseca falha última reunião pública da Câmara de Ourém

Paulo Fonseca falha última reunião pública da Câmara de Ourém

Autarcas despediram-se e fizeram um balanço do mandato que está a terminar. Presidente cessante optou por não aparecer.

O presidente da Câmara de Ourém, Paulo Fonseca (PS), não esteve presente na última reunião pública do executivo municipal, que se realizou na tarde de 6 de Outubro, cinco dias após as eleições autárquicas que o seu partido perdeu para a Coligação Ourém Sempre (PSD/CDS). Recorde-se que o ainda presidente do município foi impedido pelos tribunais de se recandidatar a um terceiro mandato, tendo sido substituído por Cília Seixo, que era a número dois da lista inicialmente encabeçada por Fonseca.
A reunião foi conduzida pelo vice-presidente, Nazareno do Carmo (PS), e contou com a presença dos vereadores Lucília Vieira (PS) e José Poças das Neves, Isabel Costa e Luís Albuquerque (da Coligação Ourém Sempre, que venceu as eleições). A reunião durou menos de uma hora e serviu para os autarcas fazerem um balanço do mandato e despedirem-se.
Nazareno do Carmo felicitou os vencedores das autárquicas, “apesar da forma invulgar como tal foi conseguido”, referiu. “Quero desejar um bom desempenho, com rigor, lealdade e entrega em prol do nosso concelho. Que consigam manter o padrão de desenvolvimento, justiça e apoio às populações e que sejam sempre tão exigentes e rigorosos como foram connosco”, sublinhou.
O ainda vice-presidente agradeceu também a toda a equipa que o acompanhou, inclusive ao vereador José Alho (que esteve presente apenas no primeiro mandato) e falou da freguesia de Fátima. “Relembro que Fátima é uma cidade sensível e exigente, que precisa de muita atenção, que tem um peso enorme no concelho, no país e no mundo. A criação do pelouro de Fátima, no meu primeiro mandato, foi uma boa experiência e uma prática que recomendo”, concluiu.
Também a vereadora Lucília Vieira (PS), que optou por afastar-se da política, afirmou que os oito anos em que esteve na Câmara de Ourém foram muito gratificantes e espera que o concelho continue a crescer. Poças das Neves, que também se despede do executivo, elogiou a forma como decorreu o processo eleitoral e lamentou que durante os oito anos de gestão socialista não se tenham realizado concursos para chefias.

Albuquerque vai disponibilizar sala para a oposição
O próximo presidente da Câmara de Ourém, mas ainda vereador da oposição, Luís Albuquerque, começou a sua intervenção criticando a palavra “invulgar” usada no discurso de despedida de Nazareno do Carmo para classificar a vitória da coligação PSD/CDS nas eleições. Albuquerque agradeceu a todos os colegas de executivo e pediu desculpa por algumas palavras menos positivas que tenha dito em discussões mais acaloradas.
Luís Albuquerque garantiu ainda que no próximo mandato, que começa em breve, a oposição vai ter, “se quiser”, uma sala no edifício dos paços do concelho para reunir. “Nós nunca tivemos direito a uma sala para a oposição, apesar de termos pedido, mas vamos disponibilizar uma sala para a oposição, caso os eleitos assim o entendam. Não queremos fazer o que fizeram connosco”, sublinhou.

Fonseca aproveita boletim municipal para se despedir

Apesar de não ter marcado presença na última reunião do executivo enquanto presidente do município de Ourém, Paulo Fonseca escreveu, pela última vez, no Boletim Municipal partilhando a mensagem também na sua página pessoal da rede social facebook. “Faço-o com mágoa pelas circunstâncias dos últimos tempos mas faço-o com alegria, também, por ter tido a oportunidade de servir a minha terra na presidência do município, honra suprema que só o amor compreende”, começou por escrever.
Fonseca afirmou que foram oito anos muito duros e que teve a “honra” de ter sido afastado de mãos limpas e de consciência tranquila. O autarca aproveitou o espaço no boletim municipal para se defender e justificar o que lhe aconteceu, ao ter sido impedido pelos tribunais de se recandidatar à presidência da Câmara de Ourém. “Fizeram-me ‘coisas’. Sei muito bem como foi e quem foi. Contudo, sou tolerante, embora não sofra de amnésia. Sou um guerreiro do bem e assim serei toda a vida”, escreveu em jeito de auto-elogio.

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