“Quando era pequena sonhava ser bailarina e apesar de ter outra profissão nunca deixei de dançar”
Helena Gonçalves é psicoterapeuta, trabalha em diversas clínicas da região e na Mitsubishi
Helena Gonçalves passou a infância em Pampilhosa da Serra, estudou psicologia em Coimbra e trabalha em clínicas no Entroncamento, Alcanena e Torres Novas e também na empresa Mitsubishi no Tramagal, Abrantes. Na universidade costurava as suas próprias roupas. Gosta de cozinhar, prefere sempre produtos biológicos, pratica yoga, canta no Grupo Coral de Tancos e está a aprender música na Associação Concórdia Música, no Entroncamento. Lamenta que a psicoterapia ainda seja confundida, por muitas pessoas, com a psicologia e a psiquiatria. Defende que as empresas teriam funcionários mais motivados e produtivos se contratassem um psicoterapeuta.
Sempre gostei de ler livros, sobretudo de aventuras. Devorei “Os Cinco” e “Os Sete” da Enid Blyton. Depois ia com os meus amigos para as minas e para o rio imitar as personagens dos livros. Chegávamos a esconder “tesouros” para depois os andarmos a procurar.
Quando andava na universidade fazia a minha própria roupa. Quando chegava a Março costumava fazer a minha colecção de Primavera-Verão e em Setembro fazia a de Outono-Inverno. Primeiro, cortava os modelos que apareciam nas revistas de moda e depois replicava-os. Fiz de tudo, menos vestidos de casamento.
Já estive em quase todos os países da Europa, na Índia e no norte de África. Também já percorri quase todo o país. É uma forma de ir à descoberta de novas realidades que, no fundo, nos ajuda a ter uma visão mais aberta e não tão limitada em relação à sociedade.
No frigorífico não tenho comidas pré-cozinhadas. Cozinho quase tudo o que como e tenho especial cuidado com o que compro. Faço questão de escolher produtos biológicos e que não sejam processados. Cada vez mais sinto uma grande preocupação com o meio ambiente e sinto que, se todos nos preocupássemos, o ambiente era muito melhor.
O meu sonho quando era pequena era ser bailarina. Infelizmente, não segui essa profissão mas nunca deixei de dançar. è algo que adoro fazer. Durante três anos pratiquei danças de salão mas tive de desistir porque não conseguia conciliar a dança com o trabalho.
Canto há três anos na Associação Grupo Coral de Tancos. Entrei no grupo por acaso. Foi um amigo que já fazia parte que me convidou. Aceitei, fui experimentar e gostei. Hoje faço parte do coro e também estou a ter aulas de educação musical na Associação Concórdia Música.
Não tenho estilos musicais preferidos mas sim cantores. Gosto de música clássica como Beethoven e Mozart mas também aprecio Jason Mraz, Nelly Furtado ou mesmo Carminho e Sara Tavares.
As empresas deviam todas ter um psicoterapeuta. Se o fizessem a produtividade dos trabalhadores aumentava. Eu faço psicoterapia na Mitsubishi, no Tramagal. A empresa tem cerca de quinhentos funcionários e eu vejo que todos eles, desde os técnicos superiores aos operários, necessitam destas sessões, nem que seja uma vez por mês, para falarem. Somos quase que uma peça-chave para ajudar a lidar com as situações.
Ainda se faz alguma confusão entre psicologia e psicoterapia. Tenho pacientes que ainda me perguntam se receito medicamentos. As pessoas ainda não recorrem muito à psicoterapia. Penso que um dos factores é o preço das consultas, sobretudo, nas grandes cidades.