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Oito milhões e meio de euros para reabilitar o centro histórico de Santarém

Oito milhões e meio de euros para reabilitar o centro histórico de Santarém

Largos da Álcaçova, Marvila e Padre Chiquito vão ser alguns dos espaços a intervencionar até 2020. Presidente do município garante que a cidade vai estar na moda e turistas não vão faltar.

O espaço público e edificado do centro histórico de Santarém vai ser requalificado até 2020 com a ajuda de financiamento da União Europeia. A garantia foi dada pelo presidente do município, Ricardo Gonçalves (PSD), que afirmou existir uma verba de cerca de 8,5 milhões de euros de fundos comunitários no âmbito do PEDU (Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano). O Largo da Alcáçova, o Largo de Marvila e o Largo Padre Chiquito vão ser alguns dos espaços intervencionados. Além disso, todas as ruas vão ter passeios arranjados.
Ricardo Gonçalves foi um dos convidados da mesa redonda, intitulada “Sistemas de Gestão dos Centros Históricos”, organizada pelo Círculo Cultural Scalabitano, e que decorreu na noite de sexta-feira, 24 de Novembro, no Teatro Taborda. O debate contou ainda com a presença dos arquitectos Adelino Gonçalves, da Universidade de Coimbra, e Eduardo Miranda, do município de Évora.
O presidente do município defende que o centro histórico de Santarém vai estar na moda no espaço de três anos e que turistas não vão faltar. “Já disse aos técnicos da câmara para mudarem o chip. Anteriormente, não podíamos fazer porque não tínhamos dinheiro. Hoje, se for importante nós fazemos e a requalificação do centro histórico é importante e será uma realidade”, referiu o autarca que deu como exemplo de dinamização do centro histórico o projecto “Verão In.Str é um espanto” que deu animação à cidade e levou visitantes ao centro histórico.
Ricardo Gonçalves explica que o objectivo principal é que os privados invistam no centro histórico. “Sabemos que há muita procura do edificado do centro histórico. Nos últimos três anos temos 90 processos no centro histórico: 84 para reabilitação, quatro para construção nova e dois para demolição. Temos 130 imóveis em ruína e 20 em mau estado mas há muitas pessoas a comprar e a investir no centro histórico. No Largo de Marvila foi comprada recentemente toda uma área para construir um hostel”, exemplificou, referindo que não faltam investidores.
O presidente da Câmara de Santarém disse também que as pessoas para quererem ir viver para o centro histórico têm que ter conforto, comodidade e, por exemplo, televisão por cabo, como existe noutras zonas da cidade. O problema é que para terem tudo isso no centro histórico têm que gastar o triplo. “As vivências estão a mudar e será importante que haja entendimento para se construírem ou reabilitarem casas com conforto e comodidade no centro histórico de Santarém”, sublinhou.

Igreja de Santa Iria em risco de ruína

Ainda no âmbito do PEDU, a Câmara de Santarém tem projectos emblemáticos que pretende concretizar em breve. São eles a requalificação do Convento de Almoster e a sua envolvente, a Igreja de São João do Alporão, a Igreja de Santa Iria e o mercado municipal. Em relação a este último, Ricardo Gonçalves espera lançar o concurso para a sua reabilitação em Março do próximo ano. “A reabilitação daquele espaço vai dar uma nova envolvência e vivacidade àquela zona da cidade”, disse.
O problema maior está relacionado com a Igreja de Santa Iria, na Ribeira de Santarém, e que está em risco de ruína. “A igreja está a afundar e para fazer ali obras, tendo em conta que o comboio passa ali muito perto, a linha vai ter que estar interrompida durante os trabalhos, o que obrigará a trabalhar de noite. Isso vai encarecer o projecto, mas até 2020 a obra será feita. Em relação a este projecto vamos fazer um protocolo com a Diocese, que ainda não assinámos, para avançarmos com obras de salvaguarda do imóvel, no valor de cerca de um milhão de euros. Depois será preciso mais dinheiro para a requalificar mas vamos fazê-lo”, garantiu.

Oito milhões e meio de euros para reabilitar o centro histórico de Santarém

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