
Ultramaratonista João Paulo Félix deu a volta ao Ribatejo em três dias
Muitas vezes sozinho e nalguns momentos acompanhado, o atleta de Salvaterra de Magos cumpriu o objectivo de percorrer o Ribatejo em menos de 72 horas. Uma prova de esforço com 328 km ao alcance de muito poucos. Só os concelhos de Coruche e Mação ficaram de fora.
Foi com um sorriso nos lábios, acompanhado dos sobrinhos e erguendo as bandeiras do município de Salvaterra de Magos e da União de Freguesias de Salvaterra de Magos e de Foros de Salvaterra, que o ultramaratonista João Paulo Félix chegou, às 9h40 de domingo, 17 de Dezembro, em frente à Câmara de Salvaterra de Magos. O mesmo local de onde tinha partido para a 1.ª Volta ao Ribatejo a Correr na quinta-feira anterior, pelas 11h00, com o objectivo de percorrer 19 municípios de distrito de Santarém e ainda os de Vila Franca de Xira e Azambuja, no distrito de Lisboa.
João Paulo Félix, 47 anos, começou a preparar esta aventura quando completou os 739 quilómetros da Estrada Nacional 2 que ligam Chaves e Faro, em Agosto último. Como já é habitual o desafio teve um cariz solidário, procurando alertar para a importância do trabalho desenvolvido pela Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla ao mesmo tempo que pretendia divulgar a beleza da região.
Ao todo foram 328 quilómetros em 70 horas e meia, muitas vezes a correr sozinho. Habituado a participar em provas de corrida e trail nos tempos livres, João Paulo Félix admite que a prova correu como previsto apesar de não ter conseguido passar por Coruche, Glória do Ribatejo e Várzea Fresca, a sua terra natal. “Quando cheguei a Constância decidi alterar porque a minha condição física já não me deixava”, disse.
Chuva, frio, sono e bolhas
João Paulo Félix confessa que a chuva e o frio do primeiro dia (quinta-feira) o deixaram com bolhas logo aos 80 quilómetros. “Não estava nada à espera que me aparecessem bolhas tão cedo mas aguentei as dores até ao fim. O foco era acabar a prova e foi nisso sempre que me mentalizei para conseguir terminar”, explica.
Também o cansaço acumulado foi um adversário de peso. “Na madrugada de sexta-feira tive mesmo de me deitar duas horas e meia quando parei nos Bombeiros Voluntários de Pernes porque já não me sentia bem. O mesmo fiz durante as outras noites. É essencial respeitar o corpo”.
Nas paragens, que eram, sobretudo, em quartéis de bombeiros, associações locais e parceiros, aproveitou para fazer sessões de acupunctura e massagens, alimentar-se com frutos secos, bananas, maçãs, barras energéticas, sopa e chá quente, para trocar de roupa e para ir ao facebook e falar com os familiares. “O apoio de todos foi muito importante para mim porque deu-me ainda mais força para continuar e cumprir o meu objectivo”, adianta.
E como em todos os percursos longos houve também imprevistos. Como quando, logo no primeiro dia, começou a ficar sem bateria no telemóvel e teve de pedir emprestada uma bateria portátil a um amigo que o acompanhava.

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