
Centro Ciência Viva do Alviela comemorou dez anos e procura novas parcerias
Equipamento localizado junto à nascente do Alviela, no concelho de Alcanena, vai focar a sua programação de 2018 na problemática da água e da poluição.
O Centro Ciência Viva do Alviela (CCVA) assinalou dez anos de actividade científica, na noite de 15 de Dezembro, com uma “Lagarada da Ciência”, um evento cuja receita vai ser oferecida a uma escola de um concelho afectado pelos incêndios florestais de 2017. A directora executiva do CCVA, Paula Robalo, destacou a necessidade de encontrar novas parcerias para manter a dinâmica do projecto e as várias iniciativas dirigidas à população.
O CCV Alviela nasceu em 2007 em consequência de um projecto dos anos 90 para criação de um centro de interpretação das nascentes do Alviela, ao qual se associou a Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica. A associação foi formalmente constituída em 2011, integrando a Câmara de Alcanena, a Ciência Viva, o Instituto Politécnico de Leiria e o Instituto para a Conservação da Natureza e da Floresta (ICNF).
A passagem pelo espaço da premiada cientista Elvira Fortunato, com raízes na Louriceira, foi dos eventos com mais adesão, bem como as noites dedicadas à robótica e aos drones. A programação de 2018, adiantou Paula Robalo, vai centrar-se bastante na problemática da água e da poluição, assuntos na ordem do dia no concelho e que requerem atenção permanente e eficaz.
“Temos a maior nascente cársica do país, a nascente do Alviela. Este é o tesouro do século XXI: a água”, sublinhou Paula Robalo. E, nesse contexto, “nós também temos essa componente de sensibilização para a protecção da água, neste ano de seca tão dramático, temos que promover esta necessidade urgente de proteger a água, de evitar gastos desnecessários e de reforçar a sensibilização para a preservação do rio Alviela e do ambiente”.
A maternidade de morcegos
A directora do CCVA destacou também o importante abrigo e maternidade de morcegos. Na gruta da Lapa da Canada, de Abril a Setembro, chegam todos os anos cerca de cinco mil morcegos que ali vão ter as suas crias. Existem em Portugal 27 espécies, nove das quais estão em extinção, e o CCVA procura sensibilizar também para a importância da preservação destes mamíferos.
O CCV Alviela promove também o conhecimento sobre o maciço calcário estremenho. “Fazemos também passeios científicos, que dão a conhecer a fauna, a flora, a geologia, a diversidade aqui do maciço calcário. É importante as pessoas conhecerem para proteger”, explicou Paula Robalo.
Na comemoração dos dez anos do CCVA estiveram presentes a presidente da Associação Centro Ciência Viva do Alviela e presidente da Câmara de Alcanena, Fernanda Asseiceira, o presidente da assembleia geral do CCVA, José Alho, o professor Diogo Abreu, do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, Olímpio Martins, do ICNF, entre vários outros convidados e participantes nesta “Lagarada da Ciência” que decorreu em ameno convívio.

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