
Dirigente da Ordem dos Médicos diz que Hospital de Santarém está a definhar
Alexandre Lourenço afirma que a unidade está pior do que há dois anos devido à diminuição do número de médicos.
O presidente do Conselho Regional do Sul (CRS) da Ordem dos Médicos considera que o estado de saúde do Hospital de Santarém está a precisar de tratamento. Alexandre Lourenço fez uma visita ao hospital, na tarde de terça-feira, 19 de Dezembro, na sequência de algumas queixas dos directores de serviços, e passados dois anos após a anterior visita o dirigente da Ordem não tem dúvidas que “o estado do hospital piorou”. O dirigente afirma que “este podia ser um grande hospital e está a definhar, tendo metade dos profissionais que deveria ter.
“Para nosso espanto o bloco continua fechado. As listas de doentes de ortopedia estão à espera mais de 15 dias para serem operados, quando deviam ser transferidos para outros hospitais ou ser encontrada uma solução rápida. Este é um problema grave”, diz o dirigente da Ordem.
“Dissemos em 2015 que o serviço de ortopedia com oito médicos não teria capacidade para formar internos nem responder aos problemas da população e agora verificamos que o número de médicos baixou para sete. Estamos pior do que estávamos há dois anos, apesar de haver desafogo financeiro”, afirmou, acrescentando que foram feitas “várias recomendações e passados dois anos a maior parte delas não foram cumpridas”.
Não podemos deixar que serviços como o de oncologia só tenha uma médica
O dirigente refere ainda que “há um problema grave de organização e investimento no capital humano. Vemos muitos médicos a fazerem muitos esforços para manter os serviços a funcionar mas dizem que não vêm futuro. Aqui não é uma questão de obras nem de dinheiro. A única coisa que vemos é que este hospital continua sem capacidade de atrair médicos com qualidade e em número suficiente para tornar este pólo num hospital de referência na região”.
Urgências estão entregues a tarefeiros
As urgências “estão entregues a empresas em vários hospitais e o Hospital de Santarém é um dos piores”. Mais de 50 por cento das urgências estão entregues a tarefeiros que não fazem parte dos quadros do hospital. Há até chefes de equipa que são tarefeiros e isso faz com que a qualidade do serviço prestado na urgência seja de qualidade inferior, não havendo articulação com os outros serviços do hospital.

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