Futura zona desportiva de Santarém vai ser no CNEMA se a vontade de Ricardo Gonçalves se cumprir
Presidente da câmara deixou claro em reunião do executivo que essa é a melhor solução para a cidade, por ser numa área onde há possibilidade de expansão. Fica assim descartado o projecto da cidade desportiva preconizado pela União de Santarém para o Campo Infante da Câmara.
Santarém necessita de mais instalações desportivas e o melhor local para construir esses equipamentos é no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), na zona do mercado do gado. Essa é a opinião do presidente do município, Ricardo Gonçalves (PSD), que mais uma vez descartou a hipótese de ser construída uma cidade desportiva no Campo Infante da Câmara. Uma solução que foi apresentada em Fevereiro de 2017 pelos actuais responsáveis da União de Santarém, nomeadamente por José Gandarez, presidente da concelhia de Santarém do PSD, eleito na Assembleia Municipal de Santarém e um dos adversários internos de Ricardo Gonçalves no PSD escalabitano.
Na última reunião de câmara de 2017, Ricardo Gonçalves deixou claro quais são os seus planos, dizendo que do ponto de vista de uma eventual futura expansão, a nova zona desportiva, com campos de futebol, pista e pavilhão, enquadra-se melhor na zona do CNEMA, embora não garanta que haja condições para avançar com esse projecto global neste mandato. “Defendemos a zona desportiva no CNEMA, porque é numa área que não está a ser utilizada e onde há possibilidade de crescimento”, argumentou.
O autarca diz que neste momento há mais 870 atletas com menos de 18 anos inscritos nas várias modalidades do que havia há dez anos, pelo que é necessário avançar para a construção de mais instalações desportivas. Carência que, aliás, tem sido manifestada publicamente por vários clubes ligados ao futebol de formação, como a União de Santarém e a Académica de Santarém.
A possibilidade de construir esses novos equipamentos no antigo quartel da Escola Prática de Cavalaria também foi equacionada, mas Ricardo Gonçalves diz que é mais complicada pois obrigaria a grandes terraplanagens que encareceriam o projecto. E deu como exemplo a eventual construção de um campo de futebol de 7 junto ao Campo Chã das Padeiras que custaria mais 300 mil euros só devido à necessidade de contenção das barreiras ali existentes.
Relvado do Amiense a precisar de obras
Ricardo Gonçalves respondia ao vereador José Augusto Santos (PS) que disse que gostaria de ver no orçamento da câmara para 2018 dinheiro para intervir no relvado sintético do Amiense e também no campo Chã das Padeiras. O presidente afirmou ter consciência desses problemas e, em relação ao campo do Amiense, revelou que tinha pensado nesse investimento só para 2019, mas perante os relatos que lhe fizeram chegar iria ter em atenção essa necessidade na revisão orçamental de Abril.