Câmara de Coruche vende pinhas das suas herdades por 250 euros
Os concursos para compra de pinhas à Câmara de Coruche deviam de ter um valor base, defendeu o vereador Moreira da Silva (CDU) na última reunião camarária, quando se debatia o concurso para venda de pinhas de pinheiro manso das Herdades dos Concelhos e dos Concelhinhos, de Valverde e do Montinho do Brito, propriedade do município. O concurso foi ganho pela empresa Salgueira e Salgueira, que apresentou uma proposta no valor de 250 euros.
De acordo com o vereador da oposição, devia de se definir o valor base das pinhas para a autarquia saber com o que conta e também para que haja mais concorrentes. Além disso, afirma, devia de se saber quantas pinhas foram apanhadas.
Já a vereadora do municipio, Liliana Pinto (PSD), refere que devia de haver algo que impedisse que a mesma pessoa concorresse mais do que uma vez no concurso já que, a nível de probabilidades, terá mais possibilidades de vencer. “Neste concurso, por exemplo, dos três admitidos, dois eram representados pela mesma pessoa. Esta situação é injusta para os outros”, admite Liliana Pinto.
Em resposta, o presidente da câmara, Francisco Oliveira (PS), admite que não há muito a fazer se uma pessoa se candidatar de várias formas ao mesmo concurso – por exemplo a título pessoal e em nome de uma empresa de que seja sócio - já que os números de contribuintes são diferentes. Refere ainda que, segundo o regulamento, o vencedor deve sempre indicar os número de pinhas apanhadas. Quanto ao preço das pinhas, explica que existe uma técnica que vai sempre verificar ao local antes de abrirmos o concurso para se saber se compensa a autarquia vendê-las. O que acontece é que, muitas vezes, “as pinhas desaparecem durante a noite e aí não podemos fazer nada”.
Foi na reunião de 15 de Novembro de 2017 que a câmara aprovou a abertura do concurso para compra de pinhas de pinheiro manso das Herdades dos Concelhos e dos Concelhinhos, de Valverde e do Montinho do Brito. No total foram três os interessados admitidos.