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Movimento pondera medidas drásticas para reclamar obras na EN3 em Azambuja
O presidente da Câmara de Azambuja, Luís de Sousa (à direita), falou em promessas antigas do governo para “show off”

Movimento pondera medidas drásticas para reclamar obras na EN3 em Azambuja

Plataforma EN3 realizou acção de sensibilização e não descarta hipótese de cortar essa estrada nacional onde trinta pessoas perderam a vida nos últimos 15 anos no concelho de Azambuja.

O movimento Plataforma EN3 continua a exigir ao Governo obras que tornem o troço da Estrada Nacional 3 (EN3) no concelho de Azambuja mais seguro e não coloca de parte a possibilidade de cortar a via como acção de protesto caso não haja novidades nos próximos tempos.
“Só consideramos que tivemos uma vitória no dia em que as obras forem concluídas”, afirmou na sexta-feira, 9 de Março, Inês Louro, presidente da Junta de Freguesia de Azambuja e membro da Plataforma Estrada Nacional 3 (EN3), na abertura da acção de sensibilização que decorreu no Páteo do Valverde, em Azambuja.
Questionado por O MIRANTE sobre o que pensa a Plataforma EN3 fazer caso não haja alteração do actual cenário, André Salema, também fundador do movimento, diz que não estão postas de parte medidas mais drásticas. “Um dia destes vamos chegar a esse ponto. No dia em que se esgotarem a diplomacia e as conversas, se fizermos exactamente isso, se calhar as respostas chegam de forma mais rápida do que pela via diplomática.
No encontro que teve como principal foco a apresentação à comunicação social das preocupações, iniciativas desenvolvidas e a desenvolver na EN3, André Salema expôs os números, que segundo o mesmo, “ninguém quer ver”. Entre 2000 e 2015, a Estrada Nacional 3 foi cenário de 557 acidentes graves, onde 30 pessoas perderam a vida e mais de 60 saíram feridas com gravidade.
Face a estes números, o secretário da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT), António Torres, clarificou que a CIMLT é a única comunidade intermunicipal do país que elaborou um plano de segurança rodoviária, no sentido de minimizar todas as situações de acidentes”. Durante o seu discurso, António Torres referiu que é importante não se falar de “pontos negros”, uma vez que “um ponto negro é um local de uma estrada, numa extensão de 200 metros, onde se registam pelo menos cinco acidentes num ano e onde o índice de gravidade tem de ser superior a 20”.
Luís de Sousa, presidente da Câmara Municipal de Azambuja, falou em promessas antigas feitas pelo Governo para “show off”, com protocolos que não saíram do papel. Face à atitude da Plataforma EN3 em lutar contra a inércia relativamente às obras na EN3 nos tribunais se preciso for, o autarca sugeriu “uma reunião com o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, antes de se enveredar por esse caminho”.

CDS critica Plataforma EN3
Antes da reunião, O MIRANTE foi contactado por Helena Maciel, vice-presidente da concelhia do CDS de Azambuja, que apelidou a Plataforma Cívica EN3 de “fantasma político”, que surgiu para “aliviar a tensão e pressão sobre um executivo PS, incompetente, ausente, que não tem capacidade de diálogo e força política para negociar com a Administração Central nem com o Governo”. O CSD de Azambuja diz que nos seus moldes actuais a Plataforma EN3 “é apenas um emolduramento político que não serve a população e não protege vidas”.

EN3 vai iluminar-se em memória dos que lá perderam a vida

A Plataforma EN3 aproveitou a acção de sensibilização para apresentar uma iniciativa, que será realizada no dia 15 de Maio, Dia das Famílias, em que pretende iluminar toda a Estrada Nacional 3 no concelho de Azambuja. “O objectivo é utilizar garrafões que terão um fundo com água e lá dentro estará uma pequena lamparina acesa”, afirmou Inês Louro.
Segundo a presidente da Junta de Azambuja o objectivo é unir a população ao longo de 13 km. A autarca esclareceu que em estudo está a possibilidade de nesse mesmo dia ser inaugurada uma placa, no local onde os municípios de Azambuja e Alenquer se unem, em memória de todos os que já morreram na Estrada Nacional 3.

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