Presidente de Abrantes só convenceu 4 militantes a votarem na reeleição de Gameiro
O Partido Socialista de Abrantes, fiquei a saber agora, tem 44 militantes. Desses apenas 16 foram votar para eleger os delegados aos congresso distrital de Santarém e o presidente da estrutura distrital (António Gameiro) e 11 votaram em branco, havendo também um voto nulo.
Esta situação diz-me muito sobre a reduzida participação dos cidadãos na política. Em Abrantes são estes 44 militantes que escolhem os candidatos que o PS apresenta nas eleições autárquicas para os diversos órgãos, desde a câmara, assembleia municipal e assembleias de freguesia. Isto num concelho que tem trinta e três mil eleitores, dos quais nove mil votaram no PS em Outubro do ano passado.
Ou seja, quatro dezenas ou menos de cidadãos de Abrantes, em amenas ou animadas tertúlias, escolheram os camaradas que iriam ser candidatos e os nove mil eleitores, se quiseram votar PS não tiveram escolha. Ou votaram ou abstiveram-se...e a abstenção foi de 46,23% (15.379 não votaram), com 534 (2.99%) votos nulos, 837 (4.68%) votos em branco Não Votaram: 15.379.
Mas o problema não é só Abrantes. Nos municípios como Tomar ou Almeirim, em que o PS também ganhou as eleições locais, os militantes não chegam a uma centena.
Já que os partidos políticos, embora sendo essenciais à democracia não atraem ninguém, tem que ser encontrada uma maneira de os simpatizantes e eleitores habituais do PS e dos outros partidos poderem participar activamente na escolha dos candidatos em que irão votar.
Carlos Mondim
Dentro do seu Partido Socialista a presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, não convence ninguém (nas últimas eleições teve que ser o António Costa a dizer que nos concelhos onde os presidentes quisessem recandidatar-se, como em Abrantes, a escolha do candidato estava feita). Em termos eleitorais não havia muita solução para quem queria votar PS. Ou votava na lista já feita ou não votava.
Rita