Campanha para custear defesa do ambientalista Arlindo Marques recolheu 22 mil euros
A campanha de “Crowdfunding” (financiamento colaborativo) “Somos Todos Arlindo Marques”, destinada a custear a defesa do ambientalista do concelho de Mação que foi alvo de uma acção judicial da empresa de celulose Celtejo, com pedido de indemnização de 250 mil euros, ultrapassou o objectivo definido de recolher 21.885 euros, tendo conseguido 22.012 (vinte e dois mil e doze euros) euros.
A recolha de fundos, que terminou dia 16, sexta-feira, tinha sido lançada a meio de Janeiro na internet, através da plataforma PPL, pelo Movimento Pelo Tejo (ProTejo). O dinheiro conseguido será usado para custas processuais, advogados, pareceres de especialistas, deslocações, entre outras. Segundo os promotores, o valor que não seja utilizado no âmbito do processo será destinado à restauração fluvial do rio Tejo. Participaram na campanha 635 apoiantes. A 12 de Dezembro do ano passado a Celtejo instaurou um processo a Arlindo Marques, guarda prisional de profissão e conhecido no distrito de Santarém como o “guardião do Tejo”, reclamando uma indemnização de 250 mil euros como compensação por danos atentatórios do seu bom nome provocados por declarações do ambientalista ligando a celulose de Vila Velha de Ródão a várias descargas poluentes para o Tejo.
Já este ano uma outra descarga poluente no Tejo denunciada por Arlindo Marques levou o Ministério do Ambiente a restringir as descargas de efluentes da Celtejo e à abertura, pelo Ministério Público, de um inquérito à poluição do rio. Várias personalidades do concelho de Mação, de onde Arlindo Marques é natural, ofereceram-se para serem testemunhas abonatórias do ambientalista. Entre elas estão o presidente da câmara municipal e o conhecido Juíz Carlos Alexandre.