Construção de prédio bloqueia ilha ecológica em Alverca
Presidente do município admite que se tratou de um erro dos serviços. Na última assembleia municipal Rui Rei levou um cartaz de protesto e acusou a Câmara de Vila Franca de Xira de ter uma postura arrogante e prepotente sobre o assunto. Outros moradores do bairro lamentam a situação e dizem que é “falta de respeito”.
A construção de um novo prédio de apartamentos na urbanização da Malvarosa em Alverca, concelho de Vila Franca de Xira, está a gerar polémica entre alguns moradores e autarcas porque a esquina do edifício bloqueia a circulação numa parte do passeio e impede o acesso a parte de uma ilha ecológica que ali existia.
A situação tem sido denunciada por moradores e também foi palco de alertas na última sessão da Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira. Rui Rei, eleito da Coligação Mais, liderada pelo PSD, levou mesmo um cartaz para a sessão com uma fotografia da obra, que considerou ser “um escândalo absoluto” do urbanismo no concelho.
A obra foi aprovada pela maioria PS com os votos contra do PSD e a abstenção da CDU. “Os senhores demonstraram mais uma vez nada estarem preocupados com os problemas do concelho e das populações, usando o princípio do quero, posso e mando como forma de intervenção. A postura arrogante e prepotente levou a esta situação. Só tirando as ilhas ecológicas é que se consegue passar. Presumo que o PS vá parar esta construção. Gostava de saber se vamos continuar a ser coniventes com isto que se passa no nosso concelho”, lamentou o autarca.
Na resposta, Alberto Mesquita (PS), presidente do município, admitiu que a situação resulta “de um erro dos serviços” na colocação das ilhas ecológicas e que vão ser dadas instruções para que o problema seja resolvido. “Antes desse lote ser construído foi lá colocada uma ilha ecológica, porque foram vistas outras possibilidades mas todas tinham grandes infraestruturas no subsolo. Sem cuidar que aquele local onde foi colocada poderia vir a constituir um constrangimento quando esse edifício fosse construído. Reconheço que é uma situação que tem de ser corrigida com rapidez, já dei instruções aos serviços para retirar a ilha ecológica e a meter num local adequado”, afirmou o autarca.
Para já não há ainda uma localização alternativa para a ilha ecológica. Quem vive na zona diz que se tratou de uma falta de respeito e planeamento. “Entre o prédio e a ilha ecológica eu prefiro a ilha, todos os dias precisamos de a usar. Houve qualquer coisa em todo este processo que não correu bem e que é uma vergonha”, lamenta Isidro Monteiro, residente na urbanização.
A forma como o edifício se situa sobre o passeio é também motivo de críticas. “Não faz sentido e é perigoso”, defende Aurora Cunha, outra residente a
O MIRANTE.