As eleições para a presidência do Instituto Politécnico de Santarém prometem ser muito disputadas ou não estivesse em causa um chorudo ordenado, bem complementado pelos subsídios e abonos habituais para as altas patentes da função pública. Quando li que o antigo presidente da Câmara de Santarém, José Miguel Noras, era candidato julguei, na minha ingenuidade, que poderia estar em marcha uma solução que proporcionasse nova dinâmica à instituição através de um homem que alia ao currículo académico a experiência e o pragmatismo próprio de quem desempenhou funções autárquicas e foi obrigado a resolver problemas concretos do dia-a-dia das populações. Daí o meu desencanto por ter sabido da desistência dessa candidatura. Era importante haver uma visão de fora a confrontar as candidaturas endémicas, do sistema, que temo que sejam mais do mesmo e não consigam contrariar o apagamento e as confusões que se têm verificado no Politécnico de Santarém sob a gestão do actual presidente Jorge Justino.
Ernesto Folgosinho