Câmara de Torres Novas aprova suspensão do Plano de Saneamento Financeiro
Executivo aprovou contas referentes a 2017, que tiveram um resultado positivo de 2,4 milhões de euros.
A Câmara de Torres Novas aprovou a suspensão do Plano de Saneamento Financeiro (PSF), a que recorreu em 2013, por ter reequilibrado as contas e cumprido o limite da dívida legalmente previsto, disse o presidente do município. Pedro Ferreira (PS) afirmou que as contas do exercício de 2017, aprovadas na semana passada pelo executivo municipal, confirmaram o “grande equilíbrio e a boa gestão financeira” alcançados nos últimos anos, permitindo acabar com o “espartilho” que representava o PSF, que impunha “regras muito rigorosas” que “limitavam em muito a autonomia” desta autarquia.
De acordo com os documentos aprovados pela maioria socialista (com os votos contra do PSD e do BE), e que serão agora submetidos à assembleia municipal, a dívida relativa ao desempenho da actividade municipal totalizava 16,9 milhões de euros a 31 de Dezembro de 2017, menos 14,7% que em 2016 (19,7 milhões de euros) e menos 33,7% do que em 2013 (25,4 milhões). O resultado líquido do exercício foi positivo, de 2,4 milhões de euros (mais cerca de 10% que no exercício de 2016), tendo as receitas correntes suplantado as despesas correntes, gerando um saldo positivo de 2,7 milhões de euros.
Segundo a informação disponibilizada pelo município, o nível de execução do plano plurianual de investimentos (PPI), que previa investimentos no valor de 5,3 milhões de euros em 2017, foi de 98% (4,4 milhões de euros). Pedro Ferreira realçou o facto de o município torrejano ter encerrado o exercício sem pagamentos em atraso e de apresentar um prazo de pagamento médio de cinco dias.
A Câmara de Torres Novas recorreu ao Plano de Apoio à Economia Local (PAEL, num apoio próximo dos sete milhões de euros) e a um plano de saneamento (de cerca de seis milhões de euros) em 2013. “Foi com o PS que entrámos nessa situação, mas foi também com o PS que saímos”, disse o autarca, declarando uma “pontinha de orgulho, mas sobretudo satisfação e alívio”.
Pedro Ferreira declarou que o município está agora em condições de aproveitar ao máximo os fundos comunitários para a realização de investimentos no concelho e também para a realização de obras, nomeadamente nas freguesias, que exijam fundos próprios.