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Moradores de Benavente continuam sem soluções para ruído nocturno
Loja de máquinas de venda automática de comidas e bebidas no centro de Benavente continua a dar que falar. Apesar das queixas dos moradores e dos autos já levantados pelas autoridades o horário do estabelecimento ainda não foi alterado pela câmara municipal.
Os meses vão passando e continua a não haver resposta por parte da Câmara de Benavente para as queixas de vários moradores da Avenida Manuel Lopes de Almeida relacionadas com o excesso de ruído nocturno causado por jovens que se juntam nas instalações de uma loja de máquinas automáticas que vende comidas e bebidas e está aberta 24 horas por dia.
Na última semana um dos moradores voltou a ir à reunião pública do executivo pedir ao presidente que acabe com a inércia na tomada de decisão e limite, “de uma vez por todas”, o horário de funcionamento do estabelecimento. Ou, em alternativa, que o estabelecimento seja transferido para outra zona da cidade onde não entre em conflito com o direito dos habitantes ao descanso nocturno.
Só desde Janeiro a GNR já elaborou três autos relativos a distúrbios e agressões no local e o núcleo de investigação criminal já realizou naquela zona uma operação onde apreendeu droga. Em 2017 há registo de oito autos e o estabelecimento abriu no final de 2016.
O ruído nocturno, diz quem ali vive, é particularmente intenso nas noites durante o fim-de-semana, havendo também registo de corridas de automóveis e motos na zona, entre as três e as quatro da manhã.
Carlos Coutinho (CDU), presidente da câmara, admite que o município “pode fixar outros horários de funcionamento” para a loja mas desde que “haja dados que apontem para essa necessidade”. O autarca diz esperar que em breve haja condições para que se tomem decisões, até porque a primeira medição de ruído realizada nas habitações por técnicos da comunidade intermunicipal foi “inconclusiva” por estarem a passar carros a alta velocidade.
“Nós temos a nossa convicção pessoal sobre esta situação mas é preciso fundamentos para não sermos surpreendidos com a outra parte. Já solicitámos novamente uma medição surpresa do ruído para tirarmos todas as dúvidas. E depois vamos deliberar, numa decisão que se quer justa”, explica Hélio Justino, vereador do município que tem acompanhado o assunto.
O autarca admite que ambas as partes possam ter razão no imbróglio: o empresário que abriu o estabelecimento e pediu todas as licenças para o efeito e do outro os moradores, uma vez que o ruído não é causado pela loja – que não tem funcionários directos ao serviço – mas antes por jovens que ali se juntam.
Em Janeiro O MIRANTE já tinha dado conta da preocupação dos moradores e chegou a questionar a empresa em questão sobre o problema nunca tendo recebido resposta.
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