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Passos Coelho e Sócrates na discussão das contas da Câmara de Rio Maior
Maioria PSD/CDS aprovou os documentos, com o PS a dizer que a coligação de centro-direita tem uma obsessão cega pela redução da dívida. “Se a minha escola é a de Passos Coelho a sua, se calhar, é a de José Sócrates”, respondeu a presidente Isaura Morais ao socialista João Teodoro Miguel.
A Câmara de Rio Maior continuou a reduzir a dívida em 2017 e a pagar a tempo e horas aos fornecedores, teve um resultado líquido positivo superior a quatro milhões de euros e uma execução orçamental acima dos 80%, apresentando ou executando uma série de obras a expensas próprias ou com apoio da União Europeia. Mesmo assim, a oposição PS não se mostrou convencida e votou contra o Relatório e Contas do município referente ao ano passado alegando que a coligação PSD/CDS “assumiu a escola de Passos Coelho”.
Ou seja, é uma gestão que “reflecte uma obsessão cega pela redução da dívida que não responde às necessidades de investimento”, alegou o vereador João Teodoro Miguel (PS) na sua declaração de voto. Essa foi a única intervenção dos dois vereadores socialistas durante esse ponto e teve resposta à letra da presidente Isaura Morais (PSD): “Se a minha escola é a de Passos Coelho a sua, se calhar, é a de José Sócrates”.
Isaura Morais contestou também a ideia de que não tenha havido investimento, recordando inclusivamente que o município até foi para lá das suas competências ao fazer obras no Centro de Saúde ou garantindo o funcionamento de uma unidade móvel de saúde. E sublinhou que esse trabalho foi reconhecido pela população, que lhe reforçou a maioria absoluta na câmara municipal nas últimas eleições autárquicas.
O vice-presidente Filipe Santana Dias (PSD corroborou a intervenção da presidente saudando “os bons resultados” da gestão em 2017 e dizendo que “em democracia é preciso saber ganhar e saber perder”. E finalizou citando a ex-primeiro-ministro inglesa Margaret Tatcher, numa directa ao vereador socialista: “O socialismo acaba quando acaba o dinheiro dos outros. E pelos vistos temos aqui seguidores”.
Resultado positivo de 4,1 milhões de euros
No preâmbulo do Relatório e Contas, Isaura Morais destaca a redução do endividamento global do município em quase 2 milhões de euros, a redução do prazo médio de pagamento de 42 para 25 dias e os investimentos feitos em escolas e na requalificação urbana através de meios próprios e sem recurso ao crédito.
Isaura Morais realça ainda o resultado positivo de 4,1 milhões de euros no exercício de 2017 e um saldo final de gerência quase 1,8 milhões de euros que vão transitar para o orçamento de 2018 e ajudar ao financiamento de projectos como a requalificação da zona ribeirinha da cidade e a villa romana.
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