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Uma ceboleira ribatejana é a excepção à regra na FRIMOR

Uma ceboleira ribatejana é a excepção à regra na FRIMOR

Dos 25 produtores presentes na Feira Nacional da Cebola, em Rio Maior, apenas Florbela Janota não é oriunda do concelho de Caldas da Rainha.

Diz o emblemático Borda d’Água que em Fevereiro se devem “transplantar as cebolas a colher em Maio-Junho”. Este ano as condições meteorológicas afectaram a produção da cebola que acabou por se atrasar, mas não foi isso que demoveu os ceboleiros de estarem presentes em mais uma edição da FRIMOR – Feira Nacional da Cebola de Rio Maior, que decorreu de 29 de Agosto a 2 de Setembro.
A tradição mantém-se mesmo que o número de ceboleiros vá diminuindo de ano para ano. Nesta edição estiveram presentes 25 ceboleiros no certame e, mais uma vez, a maioria chega de Alvorninha, freguesia do concelho das Caldas da Rainha. Só um dos ceboleiros fugiu à regra. É Florbela Janota, 43 anos, que veio da Gançaria, concelho de Santarém. Desde que o pai se reformou é ela que está à frente do negócio. “Esta é a oportunidade que temos para escoar o produto, mas isto está muito mau”, lamenta Florbela, enquanto agarra numa réstia (conjunto de cebolas entrelaçadas) com 13 cebolas.
Os ceboleiros queixam-se da pouca adesão de clientes e também admitem que a concorrência das grandes superfícies, coincidentemente mesmo ali ao lado da feira, não ajuda às vendas. “É que não há desconto que safe”, desabafa Florbela, garantindo que as cebolas vendidas na feira são de melhor qualidade.
Com uma banca enfeitada de réstias de cebolas brancas, roxas e valencianas, abóboras, alhos e maçãs, a ceboleira da Gançaria é das poucas que faz questão todos os anos de decorar o seu stand de vendas. “Ainda há pouco uma senhora veio ter comigo e disse-me: ‘As cebolas estão 10 cêntimos mais caras (50 cêntimos o quilo), mas gostei tanto da sua bancada que não resisto em comprar aqui’”, conta orgulhosa a O MIRANTE, admitindo que é a avó do seu marido que entrelaça as cebolas.
“Sei que primeiro escolhe-se a cebola e só depois pega-se na palha seca, divide-se em três e começa-se a dispor as cebolas formando uma trança. Mas nunca consegui aprender como se faz”, revela lorbela Janota, que marca presença há oito anos na FRIMOR.

250ª edição da FRIMOR vai ser especial

A poucos anos da FRIMOR celebrar o 250.º aniversário, em 2020, a Câmara de Rio Maior garante que já está a preparar essa edição especial. Sem adiantar ainda as novidades, este ano decidiu já inovar apostando num cartaz com grandes nomes do panorama musical nacional. O objectivo é atrair novos públicos e não deixar que as tradições morram.

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