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Floreiras causam estragos na coligação PSD/CDS na Câmara de Rio Maior

Floreiras causam estragos na coligação PSD/CDS na Câmara de Rio Maior

Presidente do município Isaura Morais (PSD) retirou pelouros a vereadora do CDS. Líder da autarquia refere que a decisão deveu-se a actos de deslealdade por parte de Ana Filomena Figueiredo e diz que contou com o apoio do outro vereador do CDS.

A presidente da Câmara de Rio Maior, Isaura Morais (PSD), retirou os pelouros à vereadora Ana Filomena Figueiredo, do CDS, partido parceiro de coligação do PSD na gestão do município, mas diz que a aliança entre os dois partidos não está em causa. Isaura Morais refere que a decisão foi muito ponderada e teve a ver com actos de deslealdade e desautorização por parte da vereadora, garantindo que se trata de uma questão individual e não política.
Isaura Morais garante que a decisão foi apoiada pelos restantes vereadores da coligação, incluindo o segundo vereador do CDS, Miguel Santos, assegurando não estar em causa a coligação que sustenta a maioria no executivo municipal. Adiantou que os pelouros detidos pela vereadora (Educação, Cultura, Turismo, Taxas e Licenças e Gestão Cemiterial), que chamou a si, serão redistribuídos.
A presidente explica que a vereadora resolveu mandar os funcionários do estaleiro municipal fazerem vasos para o jardim, sem falar com o vice-presidente, Filipe Santana Dias (PSD), que tem a seu cargo a gestão do estaleiro. Santana Dias mandou uma mensagem à vereadora do CDS a dizer que o trabalho ficava suspenso até falarem sobre o assunto, mas, segundo diz Isaura Morais, a vereadora enviou uma comunicação, via e-mail, a todos os funcionários da câmara, contendo considerações e desabafos sobre o assunto.
Isaura Morais diz ser prática haver diálogo prévio entre vereadores quando as decisões de uns implicam pelouros dos outros, como seria o caso (com o estaleiro e a gestão do espaço público a constituírem competências do vice-presidente). “Sou uma mulher de consensos. Tenho-o demonstrado”, disse, lamentando que Ana Figueiredo não tenha aceitado “retratar-se”, como lhe solicitou, depois do envio do email geral sem o seu conhecimento prévio.
Por seu turno, Ana Figueiredo lamentou que a presidente “não tenha estado à altura dos acontecimentos”, permitindo que seja o vice-presidente “quem manda”. A vereadora, que vai manter-se no executivo, mas agora sem pelouros, disse que entrou em ruptura por situações que atribuiu a “autoritarismo e falta de diálogo” por parte do vice-presidente, Filipe Santana Dias (PSD).
“Sei que fiz um bom trabalho para o concelho, o qual olhei sempre como um todo e com a preocupação de chamar todos e trabalhar em equipa”, disse a vereadora, salientando que a missiva que enviou não constituiu qualquer “acto de vingança, mas apenas visou o esclarecimento” da situação.
Isaura Morais reconheceu a “capacidade de trabalho e de iniciativa, o empenho e o voluntarismo” de Ana Filomena Figueiredo, mas disse que “perante uma situação de falta de lealdade”, não lhe restou outra opção senão retirar os pelouros à vereadora.

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