uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Filarmónica Pontevelense fecha portas se não aparecer nova direcção
Sociedade Filarmónica Incrível Pontevelense pode fechar se não aparecerem interessados em formar uma nova direcção

Filarmónica Pontevelense fecha portas se não aparecer nova direcção

Assembleia-geral decisiva está marcada para dia 19 de Setembro. Colectividade mais antiga da freguesia confronta-se com uma dívida avultada decorrente da construção da nova sede. Uma situação que não ajuda a atrair candidatos.

Se no próximo dia 19 de Setembro (quarta-feira) não aparecer uma direcção para assumir os destinos da Sociedade Filarmónica Incrível Pontevelense (SFIP) a colectividade fecha portas. Mário Silva, da comissão administrativa da SFIP, disse a O MIRANTE que não existe outra saído caso não apareçam elementos para agarrar no leme da colectividade. O mandato da última direcção terminou em Dezembro de 2017 mas Mário Silva e os restantes elementos têm-se mantido na comissão administrativa para evitar que a colectividade encerre definitivamente.
Depois da última assembleia-geral, realizada a 4 de Junho, nada ficou resolvido e a actual comissão administrativa decidiu adiar a decisão para depois das Festas em Honra de Nossa Senhora do Desterro, que decorreram há duas semanas. No final dos festejos foi marcada a derradeira assembleia-geral, para 19 de Setembro, para decidir o futuro daquela que é a colectividade mais antiga da freguesia de Pontével (concelho do Cartaxo).
“Estou na direcção da SFIP há cerca de oito anos e não posso continuar mais. Dói muito perceber que a SFIP pode fechar portas mas se não aparecerem interessados é isso que vai acontecer”, explicou Mário Silva, que é enfermeiro e também docente na Escola Superior de Saúde de Santarém.
Mário Silva sabe que as pessoas têm relutância em se candidatar à direcção devido à avultada dívida que a colectividade tem. A nova sede da SFIP foi inaugurada em Outubro de 2005 e custou cerca de 800 mil euros. A Câmara do Cartaxo pagou parte da obra mas ficou acordado que a SFIP pagaria 100 mil euros. O objectivo da SFIP era vender a antiga sede para pagar a dívida da nova sede, só que isso não aconteceu. “Ainda houve uma proposta de venda mas nunca se concretizou. Como não conseguimos vender a antiga sede os juros da dívida da nova sede foram sempre aumentando e o valor tornou-se insustentável. Actualmente devemos 128 mil euros, já com juros incluídos”, diz Mário Silva.

Antiga sede corre risco de penhora
Em 2016 a colectividade recebeu a notificação do processo de insolvência da construtora responsável pela obra para pagar a dívida ou avançariam com uma acção de penhora da antiga sede. “O único património da SFIP é a antiga sede uma vez que a nova sede ainda está em processo de legalização. A minha esperança é que a empresa tenha muitos credores e não se lembrem de nós, porque a qualquer momento podem vir penhorar a antiga sede”, explica o dirigente, acrescentando que a colectividade sempre manteve uma boa relação com o dono da empresa até à data em que este faleceu.
Mário Silva esclarece que pediram um parecer jurídico à Confederação das Colectividades que diz que os actuais directores não vão ser responsabilizados pela dívida contraída anteriormente. “As pessoas não têm que ter medo de vir para a direcção da SFIP porque não podem ser responsabilizados criminalmente por nada. Esta colectividade precisa dos sócios e precisa que os sócios agarrem nela e a possam projectar para o futuro. Nós já cá estamos há muitos anos e é preciso sangue novo e ideias novas para que a SFIP possa rejuvenescer”, sublinha.

Filarmónica Pontevelense fecha portas se não aparecer nova direcção

Mais Notícias

    A carregar...