“A fase mais interessante da minha vida foi quando passei a contactar com muita gente”
Pela minha maneira de ser e de estar, orgulho-me de continuar a ter os meus amigos de bairro e de escola primária, em conjunto com muitos outros amigos que fiz ao longo da vida. Posso dizer que tenho um enorme exército de amigos à minha volta.
A fase da minha vida que achei mais interessante foi a da juventude, entre os 10 e os 20 anos, por ter sido nessa altura que convivi mais com as pessoas da nossa cidade, e por guardar dessa altura memória de belíssimos momentos de diversão. Uma outra fase foi como pai dos meus dois filhos, Margarida e Vasco, que tenho acompanhado até aos dias de hoje e dos quais muito me orgulho pelo patamar que ambos atingiram.
A minha terra é, e será sempre Tomar, cidade onde nasci, na Rua da Fábrica de Fiação, nº 50. É uma terra bonita, outrora conhecida como “cidade jardim”, pelos seus lindíssimos canteiros de flores belas e de bonito colorido, no Mouchão Parque e no Jardim da Várzea Pequena. É uma cidade repleta de monumentos extraordinários, tendo como símbolo a famosa janela Manuelina do Convento de Cristo (Janela do Capítulo) e igrejas e capelas de rara beleza, tendo como ponto de partida para os descobrimentos a famosa Igreja de Santa Maria do Olival.
As pessoas mais importantes na minha infância foram sem dúvida alguma os meus pais, pela educação que me transmitiram, a mim e aos meus irmãos, seguindo-se os meus professores na Escola de Santo António e, mais tarde, na Escola Industrial e Comercial de Tomar, a quem agradeço por tudo aquilo que me ensinaram.
Os principais valores que estes me transmitiram foram muitos, mas principalmente a educação, a honestidade, e a dedicação ao trabalho, que me levou a poder chegar a um patamar de que me orgulho, de estar a exercer um cargo como representante do povo deste concelho.
Como a maioria dos concelhos, Tomar tem perdido alguma população devido à falta de mais investimento que permita criar empregos para jovens, que os levem a fixar-se em Tomar. Acredito que isso irá acontecer com a ajuda do grande trabalho que está a ser feito pelo Instituto Politécnico de Tomar.
Reconheço que ainda há muito por complementar e implantar no concelho mas há investimentos prontos para arrancar e alguns mais no papel para futura concretização: lembro a entrada de Tomar (Carvalhos de Figueiredo), o saneamento em zonas por nós reconhecidas como em falta, o parque de feiras, já que o habitual vai arrancar como um cartão-de-visita para quem chegar de transporte ferroviário ou rodoviário, não esquecendo o nosso rio Nabão, que necessita de urgente intervenção na esperança de voltar a ver a beleza dos barcos deslizando num lençol de água límpida para ser usufruída pelos patos e outras aves, como antigamente com o ex-líbris do pica-peixe, do saudoso Nini Ferreira.
Considero a minha terra como um local seguro para viver. Apesar de haver de vez em quando algum caso ocorrido durante a noite nunca tive receio de deixar sair os meus filhos para as actividades que praticavam e que frequentavam na área da cultura e desporto.