31º Aniversário | 21-11-2018 09:23

“A poluição é provocada por empresas de pessoas ignorantes e sem escrúpulos”

Na minha casa de infância viviam oito pessoas. Os meus pais, três irmãos e uma irmã e duas tias. Claro que os meus pais foram as pessoas mais importantes da minha infância, mas os restantes, já que eu era o mais novo, também foram muito importantes e contribuíram para que eu fosse aquilo que sou hoje.
Como era uma casa muito aberta à comunidade torrejana e cheia de alegria, habituei-me a considerar como família, muitos vizinhos na Rua Miguel Arnide. É uma forte amizade que ainda hoje se mantém de geração para geração.
Honestidade, respeito e solidariedade pelos outros e para com os outros e nunca desistir de lutar por aquilo em que acredito, foram os valores que me foram transmitidos.
Conservo muitos e muitos amigos de infância. Como diz a sabedoria popular, os “amigos mesmo, contam-se nos dedos de uma mão”, pelo que guardo e trago sempre no coração um punhado deles. Claro que as tais voltas da vida deram a conhecer-me outros que preservo, respeito e que faço retorno dessa amizade.
Para lá da fase da minha história familiar, já casado e com dois filhos e uma filha, a fase que considero mais interessante e empolgante da minha vida foi, sem dúvida, a criação do CRIT e ter tido a honra de me confiarem a presidência da direcção da instituição durante 37 anos. Foi uma experiência inesquecível, onde aprendi muito, sobretudo a descobrir que os heróis não são os que ganham sempre mas os que nunca desistem de lutar.
A minha terra, o “ninho” onde nasci e cresci, é Torres Novas. Toda a história da minha vida, as coisas boas e más, têm sido vividas e sentidas tendo como cenário a Serra de Aire, o Castelo e o rio Almonda.
Faço parte de uma enorme família bairrista de cerca de trinta e sete mil habitantes, onde, com relativa facilidade, por todo o concelho identifico pela fisionomia raízes familiares e lugares onde me habituei a descobrir riquezas naturais, culturais e sociais.
Por não conseguir imaginar nem desejar viver em qualquer outro lugar do mundo a minha terra será sempre Torres Novas. E com um carinho especial Alcanena, de onde vieram os meus pais e onde nasceram.
Torres Novas é uma cidade histórica, dinâmica e culturalmente rica. É uma cidade “capital” da solidariedade, exemplo nacional e por isso merecedora de, pela 10ª vez ininterruptamente, receber a Bandeira Verde atribuída pela Associação Nacional de Municípios, o que traduz a simpatia das suas gentes.
É a cidade melhor localizada em termos de centralidade no país e de acessibilidades rodoviárias, o que a torna desafiante para a visitação. Tem equipamentos culturais e desportivos de relevância e invulgaridade como a biblioteca municipal, os museus, o Palácio dos Desportos e o Teatro Virgínia. Promove durante todo o ano múltiplos eventos que fazem uma diferença positiva ao nível regional.
Torres Novas, nos Censos de 2011, aguentou-se sem perder notoriamente população e tenho a sensação e a esperança de que, pela sua localização estratégica e criação de emprego (a taxa de desemprego é uma das mais baixas no Médio Tejo), conseguiremos manter o equilíbrio. Estamos a fazer um esforço e investimentos no centro histórico da cidade para proporcionar habitações a preços módicos para jovens casais.
O que mais me desagrada são os episódios esporádicos de poluição, sobretudo no Rio Almonda que é um dos nossos ex-libris, originados por pessoas e empresas sem escrúpulos e ignorantes, pois só pensam no lucro, descuram a defesa da saúde deles próprios e dos outros.
Temos aplicado nos últimos anos uma taxa muito abaixo do limite máximo permitido para o IMI. Temos aplicado 0,38 quando o máximo é de 0,45. Também na Derrama todas as empresas que tenham um volume de vendas anual até 150.000 euros não pagam nada à autarquia. Em suma, sem pôr em causa o equilíbrio financeiro do município, temos procurado facilitar as pessoas e as empresas por via das taxas e impostos municipais, sem esquecer as famílias numerosas.
A minha terra é segura e tem uma forte e positiva agitação nocturna por parte dos jovens, sobretudo aos fins-de-semana. Infelizmente todos sabemos que a criminalidade tem aumentado no país e na Europa e a preocupação, sobretudo com os menores, será sempre importante por parte das famílias. A presença da PSP e da GNR na cidade ajuda a criar um clima de segurança.

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