31º Aniversário | 21-11-2018 09:23

“Foi um grande privilégio poder viver intensamente o 25 de Abril de 1974”

Uma das pessoas mais importantes na minha infância foi o meu avô materno. Sempre que precisei de uma palavra amiga, de um aconchego, ele esteve sempre presente. Os valores que me foram transmitidos e que considero fundamentais, foram a honradez e a solidariedade.
Nos vários ciclos da vida tive oportunidade de ter muitos amigos, principalmente na área desportiva, na qual conservo fortes amizades. Também noutros domínios, inclusivamente enquanto autarca, tenho o prazer de ter amigos em todos os quadrantes políticos.
Foi para mim um grande privilégio poder viver intensamente o 25 de Abril de 1974, que nos abriu portas para a democracia e liberdade. Liberdade essa que permite, por exemplo, estar hoje em dia a comunicar com os leitores de O MIRANTE. A nível pessoal houve outros momentos marcantes, relacionados com a constituição da minha família.
A nossa terra tem a ver com o percurso de vida de cada um de nós. No meu caso, a terra onde nasci foi a cidade de Lobito, em Angola, mas, verdadeiramente, a minha terra é o Município de Vila Franca de Xira, onde resido, na cidade de Alverca, e à qual estou ligado numa parte muito significativa da minha vida.
O que me liga à minha naturalidade é uma imagem de infância que guardo com muito afecto. Quanto à minha terra de facto, ela representa para mim a constituição da minha família, da minha vida profissional de muitos anos, a criação de grandes amizades e representa sobretudo o facto de me ter proporcionado uma missão de serviço público que continuo a exercer, com convicção e paixão, na presidência da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira.
Agrada-me verificar o desenvolvimento social e económico que tem ocorrido no município de Vila Franca de Xira nas últimas décadas. No campo da arquitectura, realço a Fábrica das Palavras – Biblioteca Municipal de Vila Franca de Xira, que é um edifício reconhecido internacionalmente, por exemplo, através de prémios atribuídos ao seu projectista, o Arq.º Miguel Arruda. Considero ser este um motivo de orgulho, não só para mim, mas também para todos os munícipes deste concelho.
Em termos de serviços úteis às pessoas, o município está bem apetrechado. Destaco o novo Hospital de Vila Franca de Xira, que também é reconhecido como um dos melhores do nosso país. Há também a sublinhar o trabalho que vem sendo feito pela câmara municipal na área de regeneração urbana, mais concretamente na requalificação das margens ribeirinhas, que atraem cada vez mais pessoas, mesmo de fora do concelho, para usufruírem deste plano de água magnífico que é o rio Tejo.
O município de Vila Franca de Xira tem vindo a ganhar população e isso está directamente relacionado com a atractividade que o município tem vindo a ganhar. É um município onde a taxa de desemprego é das mais baixas do país e que tem tido a capacidade de atrair muitas empresas que contribuem para o desenvolvimento económico. Há também um dado que merece realce. O concelho de Vila Franca de Xira, no contexto da Área Metropolitana de Lisboa, apresenta dos mais baixos índices de marginalidade.
Lamento que ainda não se tenha conseguido, junto dos decisores políticos com competências directas na matéria, que seja tido em consideração o pleno aproveitamento da Pista de Aviação de Alverca, a qual possui enormes potencialidades para se tornar num factor de atracção e de desenvolvimento económico para o concelho e para a região. E também lamento que o rio Tejo ainda não tenha entrado definitivamente na agenda política governamental, com vista à sua requalificação.
Em termos fiscais, tem existido por parte deste executivo uma atitude social adequada aos interesses da população e aos empresários. São disto mesmo exemplo as opções tomadas nos orçamentos dos últimos anos – e já aprovadas também pela câmara municipal para 2019 –, ao nível do IMI, que se mantém na taxa mais baixa prevista por Lei (0,3%) e também na aplicação do IMI familiar, mantendo-se as reduções fixas de 20 euros para famílias com um filho, 40 para famílias com dois filhos e 70 para quem tenha 3 ou mais filhos. Está também assegurada a isenção de IMI às colectividades de cultura, recreio, desporto, sociais e similares, relativamente aos prédios destinados à prossecução das suas actividade.
No que respeita ao lançamento da Derrama relativa ao IRC, estão isentas deste imposto todas as empresas em que o volume de negócios seja igual ou inferior a 150 mil euros, estando também previstas isenções para as micro, pequenas e médias empresas do concelho que, tendo volumes de negócio entre 150 mil e 300 mil euros, tenham criado e mantido postos de trabalho nos dois anos anteriores.

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