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Santarém precisa de encontrar a sua vocação para se afirmar
António Ramalho diz que Santarém tem uma boa centralidade que deve ser potenciada

Santarém precisa de encontrar a sua vocação para se afirmar

Presidente da comissão executiva do Novo Banco diz que a zona tem de questionar-se sobre o que quer ser

O CEO do Novo Banco considera que Santarém tem uma Feira Nacional de Agricultura “amolecida” e que perdeu a oportunidade de aproveitar a lógica das águas, associadas às cervejeiras, para se afirmar. António Ramalho falou com O MIRANTE no jantar de apresentação da análise económica do desenvolvimento das regiões do Oeste, Leiria e Ribatejo.

O presidente da comissão executiva do Novo Banco considera que a zona de Santarém, para crescer, tem de encontrar “um ritmo de clusterização concreto”. Ou seja, tem de fazer como em outras zonas, como Leiria por exemplo, que “têm áreas específicas que estão a ter valor acrescentado”. António Ramalho, que falava à margem do jantar de apresentação da análise económica do desenvolvimento das regiões do Oeste, Leiria e Ribatejo, disse, em declarações a O MIRANTE, que “olhamos para Santarém e sentimos que ainda não foi encontrada essa área”.
António Ramalho diz que Santarém precisa de encontrar uma vocação e tem a ganhar com a sua proximidade e bom acesso a Lisboa, mas considera que a ligação à capital não está bem trabalhada. E dá como exemplo mais-valias que podem ser aproveitadas. “Existem zonas de desenvolvimento que as grandes cidades não trabalham bem, como a indústria agroalimentar”. Realçando que a região de Santarém está bem posicionada neste sector, apela a que aproveite esta oportunidade.
O presidente da comissão executiva, que tem uma quinta em Azóia de Baixo e que se casou em Pontével (Cartaxo), aponta o enfraquecimento da Feira Nacional de Agricultura como uma desvantagem para Santarém e para a região, sublinhando que isso se deve “também muito por culpa do CNEMA”. António Ramalho refere mesmo que o Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas é o elefante branco de Santarém. “A verdade é que podia haver uma lógica expositiva que estivesse subjacente ao CNEMA, mas eles nunca foram capazes de o fazer”, acrescenta.
António Ramalho salienta que Santarém teve uma grande hipótese de trabalhar o cluster das águas com as duas fábricas de cervejas, que se localizaram no concelho pela boa qualidade e quantidade de água. “Mas entretanto já perdeu uma delas e outra trabalha pontualmente”. O CEO do Novo Banco salienta que “Santarém está numa centralidade de distribuição muito interessante e precisa de restabelecer uma estrutura vocacional”. António Ramalho diz que a cidade tem de questionar-se sobre o que quer ser. “Se quer ser uma grande capital agrícola, então precisa de uma grande capacidade de regadio, que não tem. Ou quer ser um suporte industrial de Lisboa? Tem é de ter em atenção, porque uma vocação industrial é diferente de ter uma vocação agrícola. Se for industrial, tem de ser em Santarém, se for agrícola tem de trabalhar com as zonas da margem esquerda do Tejo, defende.

Novo Banco aposta na valorização das empresas
O CEO do Novo Banco revelou no jantar de apresentação da análise económica do desenvolvimento das regiões do Oeste, Leiria e Ribatejo, na quarta-feira, 7 de Novembro, que passa dois terços do seu tempo a visitar empresas e a contactar com empresários que são clientes do banco. A importância que António Ramalho dá ao tecido empresarial é sinónimo da estratégia do Novo Banco no sector e no país, assumindo-se como uma instituição com um posicionamento diferenciador. Para o presidente da comissão executiva as empresas assumem um papel importante porque são entendidas, mais do que como clientes, como parceiras do banco.
No jantar que decorreu no Hotel The Literary Man, em Óbidos, o presidente da comissão executiva salientou que o Novo Banco é diferente de outras instituições bancárias que dão mais importância aos clientes particulares. António Ramalho, acompanhado do director do departamento de comunicação e relações institucionais, Paulo Vaz Tomé, contou que os comerciais do banco costumam visitar as empresas mesmo quando não é para fazer negócios, numa perspectiva de as apoiar e ajudar a procurar soluções.

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