Há muitas pessoas, de gerações mais antigas, que vêem nos presidentes de junta um dos últimos redutos que podem resolver os seus problemas, desde os mais pequenos, como a falta de sinalização perto de sua casa, estacionamento, até a problemas mais pessoais, como questões de saúde e financeiras.
Essas pessoas ainda sentem essa figura como a solução dos seus problemas. Já as gerações mais novas tratam tudo com mais distanciamento, com dois ou três cliques, um e-mail e uma chamada. E decerto que muitos presidentes de junta e de câmara contam pelos dedos de uma mão o número de jovens até aos 35 anos que se deslocam às autarquias para apresentar os seus problemas.
Os e-mails, o acesso directo a entidades governamentais e as redes sociais como rastilho para a exposição de um problema são uma realidade à qual as juntas e câmaras têm de estar atentas. E as juntas, principalmente estas, têm de tentar fazer um maior trabalho quanto à sua presença na internet. Algumas câmaras começam a fazer bem esse trabalho e chegam ao ponto de criar aplicações para telemóveis que permitem enviar questões e problemas em segundos com mais celeridade mas há outras que trabalham mal neste campo.
Joaquim M. Santos