Desviar trânsito pesado de Samora Correia custará quatro milhões de euros
Município de Benavente diz continuar empenhado em resolver o problema que considera “sério”. Projecto deverá ser ultimado até final do próximo ano. Trânsito de camiões dentro da cidade de Samora Correia é um problema antigo que tarda em ser resolvido.
O projecto de desclassificação do troço da Estrada Nacional 118 que passa dentro da cidade de Samora Correia – chamada Avenida O Século – e a classificação da Estrada da Murteira em estrada nacional, visando desviar a circulação de camiões do centro da cidade, deverá estar ultimado até ao final do próximo ano.
A expectativa foi avançada pelo presidente do município, Carlos Coutinho (CDU), na última reunião pública do executivo. “O projecto está a ser ultimado e tem de ser feito em 2019. Mas é preciso perceber ao certo que verbas estarão previstas para esses trabalhos, porque já me falaram num valor a rondar os quatro milhões de euros”, notou.
O autarca voltou a assegurar que o problema do trânsito pesado que atravessa Samora Correia não está esquecido e até se manifestou disponível para o município adiantar algumas das verbas necessárias para que a obra avance, mediante posterior devolução do estado central. “Estamos a fazer esforços para resolver estes problemas que são sérios”, vincou.
Recorde-se que sempre que passam camiões na Avenida O Século os incómodos fazem-se sentir a quem ali vive: casas a tremer, ruído excessivo, maus cheiros e fumos, a todas as horas do dia e da noite. Isto sem contar com os danos causados no pavimento, com abatimentos e buracos frequentes. O problema é tão antigo que a fé dos moradores em que seja resolvido começa, lentamente, a dar lugar à resignação. Quem já não aguenta com o barulho vende as casas e muda-se. E quem fica já desabafou a O MIRANTE que não é um bom local para viver.
Protocolo de 2013 deu em nada
Em 2013 foram dados passos importantes com vista à desclassificação do troço dentro de Samora Correia, visando desclassificar esse troço da Estrada Nacional 118 para estrada municipal, por troca com a Estrada da Murteira, que serviria de variante natural à cidade. Chegou até a ser assinado um acordo entre o município e a Infraestruturas de Portugal visando essa situação. Mas um conjunto de problemas na Estrada da Murteira ainda por resolver, como a escassa largura da via em alguns locais, tem dificultado o processo.