
Casa do Benfica de nova geração nas cafetarias do Jardim da Liberdade
Câmara de Santarém prepara protocolo com o clube para definir os termos de cedência daqueles espaços.
O executivo da Câmara de Santarém aprovou por unanimidade a desafectação do domínio público para o domínio privado do município das cafetarias do Jardim da Liberdade, um passo administrativo essencial para a cedência desse espaço e instalação no mesmo de uma Casa do Benfica de nova geração. Os termos do negócio serão definidos em protocolo a celebrar entre as partes.
O vereador Jorge Rodrigues (PSD) afirmou que o conceito do projecto a implementar pelo Benfica em Santarém, em articulação com a Casa do Benfica de Santarém, é pioneiro em Portugal, só existindo em Toronto (Canadá) e Cabo Verde. O espaço terá múltiplas valências. O autarca espera que o carácter inovador do projecto o torne num espaço de visitação e de atracção de pessoas àquela zona da cidade e que dê nova vida àqueles imóveis, actualmente devolutos.
A vereadora Sofia Martinho (PS) voltou a criticar o facto de os vereadores da oposição terem ficado a saber do projecto pelas redes sociais dias antes de esse ponto ir a reunião de câmara. Apesar disso, a oposição socialista votou favoravelmente, por concordar com a reabilitação daqueles espaços.
Em Junho passado O MIRANTE já tinha noticiado a existência de negociações entre o município e o SL Benfica com vista à concretização do projecto, falando-se na altura num investimento previsto por parte do clube a rondar os 400 mil euros, valor das obras de adaptação e remodelação dos espaços.
Espaços ao abandono e envolvidos em polémicas
Os três estabelecimentos do Jardim da Liberdade – um restaurante e duas cafetarias/bar - já se encontram encerrados há muito tempo e têm motivado recorrentes perguntas ao executivo camarário por parte da oposição. Em Julho de 2016, a Câmara de Santarém decidiu lançar uma hasta pública para concessão por cinco anos do restaurante e de uma das cafetarias. A hasta pública foi publicitada nos locais públicos do costume mas não houve interessados.
Os três espaços encontram-se todos encerrados, tendo a Câmara de Santarém rescindido no Outono de 2015 o contrato com a empresa que explorava a cafetaria 1, que acumulou rendas em atraso. O executivo camarário decidiu ainda exigir o valor das rendas em atraso (802 euros por mês), num montante total de 36.585 euros, e aplicar uma sanção correspondente a metade desse valor, ou seja 18.292 euros.
Os dois restantes espaços também estão envolvidos em processos litigiosos, entre a Câmara de Santarém e os concessionários. Em causa está o não pagamento das rendas, alegadamente devido a deficiências estruturais nos edifícios. O restaurante nunca chegou a abrir devido a esses problemas, segundo invocou o grupo El Galego, anterior concessionário.

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