GNR corrige empresa “Segurança 24” no caso do assalto à Caixa da Chamusca
Assaltantes da Caixa Agrícola da Chamusca terão entrado por uma janela de uma casa de banho. A sabotagem nas comunicações calou os alarmes e a “Segurança 24” só ligou à GNR por volta das cinco da madrugada.
O Comando Territorial de Santarém da GNR, na sequência das mais recentes notícias sobre o assalto à Caixa Agrícola da Chamusca, escreveu a O MIRANTE a esclarecer que a empresa de segurança privada, que presta serviço ao banco, teve conhecimento da falha de energia nas instalações horas antes de ter contactado o posto da Chamusca.
A Guarda diz que nunca conseguiu contactar o responsável da instituição bancária nessa noite de 17 de Novembro. Garante ainda que a empresa “Segurança 24” deu o alerta às 04h47 e sabe que “a empresa de segurança privada teve conhecimento desta falha de energia muitas horas antes desta comunicação à força policial”.
Depois da empresa ter dado a entender em comunicado, dirigido a O MIRANTE, que a GNR tinha desvalorizado um segundo contacto da empresa para o posto, o comando da Guarda veio garantir que a empresa não fez mais nenhum contacto nessa noite. Aliás, o comando sublinha ainda que foi “a GNR que ligou várias vezes para a empresa de segurança privada numa tentativa de obter o contacto do responsável do banco, o que não nos foi fornecido”.
A GNR salienta que verificou todo o exterior do edifício sem detectar qualquer sinal de arrombamento. Refere ainda que foi verificada também a caixa multibanco e estava a funcionar correctamente. A GNR salienta ainda a O MIRANTE que a empresa de segurança privada, responsável pelos sistemas de alarme da Caixa Agrícola da Chamusca, informou que “tentou por diversas vezes contactar o responsável de segurança do banco mas sem sucesso”. A patrulha, acrescenta, permaneceu cerca de 30 minutos no local.
“A patrulha da GNR nunca teve conhecimento do accionamento do alarme exterior da dependência bancária, e era impossível ter constatado o roubo sem a presença do responsável do banco para abrir a porta”, acrescenta o comando territorial.
As explicações de Mário Dias
Mário Dias, o administrador da “Segurança 24”, escreveu a O MIRANTE a dizer que o alarme funcionou e colocou a palavra entre aspas. Era assim que deveria ter saído na última edição de O MIRANTE e sem mais explicações. Face aos esclarecimentos da GNR, o empresário acabou a dizer ao telefone que os ladrões, ao sabotarem as comunicações, calaram todos os alarmes que existiam na Caixa. Esta é que é a verdade sobre o funcionamento dos alarmes.
No seguimento do novo contacto de
O MIRANTE, a pedirmos reacção às declarações da GNR, o empresário escreveu-nos mais tarde a mandar-nos ter “cuidado, descrição e contenção”, “para não prejudicarmos as investigações”, adiantando que “não é bom criar diferendo entre as autoridades, nomeadamente da GNR”. Repetiu no entanto ao telefone, no dia anterior, que pode provar que a GNR recebeu um segundo telefonema, desmentindo o que a Guarda esclarece nesta notícia.