Homem que agrediu companheira grávida impedido de se aproximar da vítima
Mulher em final de gestação foi atingida com socos e pontapés na barriga, na rua, em Alverca do Ribatejo.
Luís Santos, que agrediu a mulher grávida em plena rua em Alverca do Ribatejo, foi presente a um juiz de instrução criminal, no Tribunal de Vila Franca de Xira, tendo-lhe sido aplicada a medida de coacção de proibição de contacto com a vítima e ficado ainda obrigado a tratar as suas dependências de álcool e drogas.
As agressões aconteceram na via pública, cerca das 13h30 de quarta-feira, 5 de Dezembro, em Alverca do Ribatejo e foram presenciadas por vários populares, um deles agente do corpo de intervenção da Unidade Especial de Polícia (UEP), que reside naquela cidade e se encontrava de folga.
O elemento da UEP, Pedro Luz parou o carro onde seguia e dirigiu-se ao agressor tentando dissuadi-lo de se aproximar novamente da vítima, já caída no chão, depois de ter sido agredida com socos e pontapés na barriga. Luís Santos, aparentemente alcoolizado, foi travado pelo polícia com um golpe mata-leão, depois de se voltar a aproximar da mulher.
Violência era recorrente
Os episódios de violência doméstica mútuos já eram recorrentes entre o casal, casado há três anos, que espera o nascimento do segundo filho. No domingo, três dias antes das agressões, a PSP de Alverca já tinha sido chamada à residência do casal e referenciado a situação à Segurança Social, por envolver uma criança menor, filha de ambos. Após o último episódio de agressão que hospitalizou a mulher grávida em final de gestação, a criança ficou à guarda dos avós paternos. A vítima, depois de ter recebido alta hospitalar, na sexta-feira, 7 de Dezembro foi a casa dos sogros recuperar a filha e deverá regressar ao Hospital de Vila Franca de Xira até 20 de Dezembro, data de agendamento do parto.
Polícia fica com carro danificado
Pedro Luz ficou com as roupas rasgadas e o carro danificado depois de ter intervindo na situação entre o casal. Luís Santos mostrou-se agressivo para com o polícia que naquele momento estava de folga e não ficou indiferente ao ver uma mulher a ser agredida. Outros populares que ali se encontravam prestaram auxílio à grávida que estava caída no chão.
Casal sujeito a perder guarda da filha
O Tribunal de Vila Franca de Xira comunicou o cenário de agressões desta família à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco (CPCJ), que deverá em breve tomar uma medida, podendo optar por entregar a guarda da filha menor a familiares ou recorrer à sua institucionalização.