Ilda Gomes tem os animais num terreno emprestado que vai ser vendido e não sabe onde os colocar.
Em Casais da Aroeira, nos arredores de Santarém, Ilda Gomes tem à sua guarda 16 cães num terreno que lhe foi cedido e que agora vai ser vendido. A reformada está preocupada pois não sabe que destino dar aos animais. Na Ponte do Celeiro, também nos arredores de Santarém, dá guarida a mais uma dezena de cães e gatos mas não tem condições para lá colocar os outros. No total, Ilda tem ao seu cuidado perto de 30 animais.
Desesperada, a reformada conta a
O MIRANTE que, apesar de não ter muito dinheiro, não se importa de pagar uma renda para ter os cães num sítio seguro. Falta é encontrar o local. A vizinhança valoriza a dedicação de Ilda Gomes aos animais, mas mostra-se descontente por o número de cães ser cada vez maior.
Ilda Gomes explica ainda que o proprietário do terreno em Casais da Aroeira lhe pediu para retirar os animais assim que a escritura do terreno seja assinada, o que pode acontecer em breve. Ambos os terrenos onde tem os animais foram-lhe emprestados e a sua obrigação para com os proprietários cinge-se ao pagamento da água consumida.
Reformada e sem grandes posses, Ilda alimenta os animais com a ajuda de amigos e conhecidos. Já pediu ajuda à câmara Municipal de Santarém, mas a resposta foi que podia demorar dois anos até à abertura do novo canil, com mais espaço. Os canis da ASPA e da autarquia estão, de momento, lotados.
Ilda confessa que não quer que os cães vão para uma associação. Prefere ser ela a tratar deles até partirem, mas receia não ter condições, assim que perca o direito ao terreno emprestado que agora ocupa.
Ao sábado tem a ajuda da irmã na limpeza dos canis. É o dia em que aproveita para soltar os animais. Com poucos recursos financeiros, Ilda confessa que os cães não estão vacinados, “apenas as cadelas estão esterilizadas, para poderem conviver sem que se multipliquem”.