A direcção do Centro Social Interparoquial de Santarém (CSIS) apresentou a demissão em bloco e a instituição está a ser gerida por uma comissão administrativa, desde o dia 7 de Janeiro. O pedido de demissão foi apresentado ainda no decorrer do ano de 2018, tendo sido aceite pelo bispo de Santarém, D. José Traquina. A comissão administrativa é presidida pelo padre Aníbal Vieira, vigário geral da Diocese de Santarém.
Motivos pessoais e de saúde foram as justificações apresentadas pelos elementos da direcção. O padre Francisco Ruivo, que presidia à direcção, justificou a sua saída por não se sentir confortável para continuar a assumir funções sem os membros da direcção que o acompanhavam, explicou a O MIRANTE o padre Aníbal Vieira.
A actual comissão administrativa tem um prazo limite de seis meses para estar em funções. Segundo os estatutos do Centro Social Interparoquial, não haverá eleições e será o bispo de Santarém que nomeará a nova direcção.
Esta não é a primeira vez que o CSIS é gerido por uma comissão administrativa. Em 2014, após quase 30 anos em funções, o padre Manuel Borges deixou a direcção do CSIS. O padre Francisco Ruivo sucedeu-lhe no cargo e o impasse directivo foi ultrapassado com a entrada em funções, no dia 1 de Fevereiro de 2014, de uma nova direcção para o triénio 2014/2016.
O decreto de nomeação da nova direcção foi assinado pelo bispo de Santarém, D. Manuel Pelino Domingues que, paralelamente, “pela elevada estima, consideração e em gratidão pelo serviço realizado”, designou o padre Manuel Francisco Borges presidente honorário, libertando-o “dos encargos da administração directa” da instituição.
O CSIS é uma instituição de solidariedade social ligada à Igreja Católica, criado em 1985. É constituído por cinco unidades dispersas pela cidade de Santarém, Azóia de Baixo e Ribeira de Santarém, designadas Padre Borges, D. António Francisco, S. Domingos, Gualdim e João Arruda. A instituição presta serviços de creche, jardim-de-infância, lar de idosos, centro de dia e apoio domiciliário.