Grémio Dramático Povoense vence Prémio de Teatro Mário Rui Gonçalves
Município de Vila Franca de Xira galardoou o espectáculo “Vanessa quer voar”
O município de Vila Franca de Xira, através do Prémio de Teatro Mário Rui Gonçalves, reconheceu o trabalho desenvolvido pelos grupos de teatro amadores do concelho. Nesta edição, o Grupo de Teatro do Grémio Dramático Povoense, da Póvoa de Santa Iria, venceu o prémio para o melhor espectáculo, com a peça “Vanessa quer Voar”. A iniciativa que se realiza desde 2014, teve lugar na Fábrica das Palavras, no domingo, 31 de Março.
Alberto Mesquita (PS), presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, evidenciou a vontade do município em “reconhecer e estimular a actividade cultural no seu território”, que é tanto mais vibrante quanto mais diversidade de grupos existir, fazendo notar que aquele concelho “tem no movimento associativo um ponto bastante forte na sua dinâmica social”.
Este ano os prémios foram repartidos apenas pelos dois únicos concorrentes, o Grupo de Teatro do Grémio Dramático Povoense, com o espetáculo “Vanessa Quer Voar”, e o Grupo de Teatro “Esteiros”, de Alhandra, com a peça teatral “Vozes da Noite”.
Alberto Mesquita olha para o reduzido número de concorrentes com alguma preocupação, embora, ressalva, “existam outros grupos de teatro amadores no município”. Como forma de tentar atrair mais concorrentes para a próxima edição, o autarca deixou a intenção de a câmara, em conjunto com os grupos de teatro, analisar “os parâmetros regulamentares deste prémio e fazer as adaptações necessárias”. Em estudo diz estar ainda o alargamento do prémio a outros concelhos da Área Metropolitana de Lisboa.
O prémio de melhor cenografia foi entregue a Patrícia Soso, melhor interpretação a Ana Rita Heleno, melhor sonoplastia a João Miguel, melhor luminotecnia a Daniel Gonçalves, melhor guarda-roupa a António Rabadan, melhor interpretação masculina a Gonçalo Batista e Casimiro Gonçalves e melhor encenação a Patrícia Soso.
Espectáculo vencedor aborda o feminismo
“Vanessa quer Voar” conta a história de uma menina que quer um avião como presente de aniversário. Vanessa, de apenas seis anos, “não aceita os estereótipos que a sociedade impõe nos brinquedos, vestuário e profissões”, para o género feminino ou masculino, explica a O MIRANTE Patrícia Soso, encenadora do espectáculo. “Pode ser considerada uma peça feminista, mas entenda-se que feminismo não defende apenas as mulheres, mas a igualdade de género”, diz. O espectáculo é dirigido ao público infantil e juvenil e volta a estar em cena a 19 de Maio na Fábrica das Palavras.