Ruído de motas de água inferniza a vida de quem mora perto da barragem da Nautisport em Santo Estevão
Na edição de 21 de Março de O MIRANTE foi publicado um artigo com o título “Unidos no Amor e no Desporto - Casal de pilotos de jet-ski prepara-se para campeonato do mundo numa lagoa em Santo Estevão”.
Os elementos do referido casal afirmam-se praticantes assíduos e competidores de motas de água com motor a jacto “espécie de fórmula 1 do jet-ski” e referem que “99 por cento dos treinos são feitos na Nautisport uma barragem construída artificialmente em Santo Estevão”.
Candidamente aquele casal afirma que foi viver para Santo Estevão à procura de mais qualidade de vida e elogios não faltam na hora de descreverem a paisagem do local, gabando-lhe entre outras coisas, o ambiente calmo.
O jornalista que elaborou este artigo viu com certeza que as motos de água fazem um barulho infernal porque são movidas por um motor a jacto que, como diz o varão do casal, se caracteriza por serem “das mais rápidas e potentes do mundo”.
A barragem em causa é uma pequeníssima barragem rodeada por casas de habitação permanente e de fim-de-semana localizadas junto à margem do plano de água ou muito próximas dele.
O ruído provocado pelas motos de água constitui para os habitantes desta zona um verdadeiro tormento, infernizando a sua vida num local em que procuraram a tal calma e descanso referido hipocritamente pelo casal que lhos tira.
O casal em causa deveria ser gente responsável até pelas funções que desempenham: um comandante e uma hospedeira da TAP. Não o são. Desprezam os habitantes das casas junto à barragem ao afirmarem procurar qualidade de vida e um ambiente calmo quando são furiosos poluidores sonoros o que transforma o texto publicado numa total contradição.
José Adriano Faria Fernandes