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Fundo de Socorro da Segurança Social para salvar a CERCI de Azambuja está a ser ultimado
Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva esteve em Azambuja no decorrer da jornada de reflexão “A Economia Social no Portugal 2030”, organizada pela Confederação Portuguesa da Economia Social (CPES)

Fundo de Socorro da Segurança Social para salvar a CERCI de Azambuja está a ser ultimado

Ministro Vieira da Silva mostrou-se convicto que a instituição vai ultrapassar a crise financeira que atravessa mas deixa também o aviso de que o recurso pelas IPSS a esse mecanismo de apoio estatal não deve tornar-se rotineiro.

O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, disse a O MIRANTE que o pedido feito ao Fundo de Socorro da Segurança Social para salvar a CERCI Flor da Vida de Azambuja está em fase final de avaliação e mostrou-se convicto que “a situação de crise” financeira que vive essa instituição “será solucionada”. Mas advertiu: “Estes fundos de apoio excepcional não podem ser vistos como rotina”.
O governante falava à margem da jornada de reflexão “A Economia Social no Portugal 2030”, organizada pela Confederação Portuguesa da Economia Social (CPES) que decorreu a 29 de Março, no Centro Social e Paroquial de Azambuja. Segundo Vieira da Silva, os pedidos de apoio excepcionais ao Estado “não podem ser vistos como rotina, nem são morosos; as situações é que muitas vezes nos chegam já quando os desequilíbrios existem e são acentuados, e não quando eles se começam a pronunciar”.
Vieira da Silva disse ainda que “a Segurança Social tenta até ao limite que as instituições de solidariedade social mantenham a sua actividade em pleno para que os utentes não saiam prejudicados”. Em casos como o da CERCI de Azambuja, que não conseguiu evitar o fecho de valências - como a hipoterapia, tanque terapêutico e cursos profissionais -, o Estado “tem obviamente inerente a questão da urgência, mas tem de se manter a equidade no tratamento de todas as IPSS”.
A CERCI de Azambuja, instituição que presta apoio a pessoas com deficiência, avançou em Dezembro do ano passado com uma candidatura ao Fundo de Socorro da Segurança Social numa tentativa de evitar a sua extinção. As dívidas rondam actualmente os 300 mil euros.
No concelho de Azambuja, para além da CERCI, pelo menos outras duas IPSS vivem momentos difíceis: a Casa Mãe em Aveiras de Cima e a Casa do Povo de Manique do Intendente. O presidente da Câmara de Azambuja, Luís de Sousa (PS) diz estar “atento às dificuldades destas instituições”, mas considera que “não é uma ajuda pontual da câmara que lhes vai resolver a situação”. Para o líder do município, a autarquia “não pode estar constantemente a atribuir subsídios para tapar buracos financeiros”, competindo ao Estado “olhar mais por estas IPSS que estão a atravessar dificuldades”.

Marcelo reconhece valor às organizações sociais
O Presidente da República, que assinalou o encerramento da primeira iniciativa pública da recém-criada CPES reconheceu que a economia social - IPSS, misericórdias, mutualidades, cooperativas - “aguentou o país em sucessivos momentos de crise, quando não havia outras estruturas para acolher pessoas carenciadas”. Marcelo Rebelo de Sousa considerou que “foram a melhor garantia da força da democracia”, porque “estão próximas da população” e fazem o que o “sector privado não faria e o que o Estado sozinho também não faria”.

Fundo de Socorro da Segurança Social para salvar a CERCI de Azambuja está a ser ultimado

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