Pai de Rosa Grilo e família do triatleta envolvem-se em agressões
Américo Pina mudou a fechadura da porta de casa da filha, Rosa Grilo, e envolveu-se em episódio violento com a irmã e sobrinha do genro assassinado. Ambas as partes apresentaram queixa nas autoridades.
Um dia depois de o Ministério Público ter acusado formalmente Rosa Grilo, por homicídio agravado, os ânimos exaltaram-se entre as famílias da suspeita e do triatleta morto a tiro nas Cachoeiras. Américo Pina (pai de Rosa) e Sandra Grilo (sobrinha de Luís Grilo) acusam-se mutuamente de agressão física e ambos apresentaram queixa nas autoridades. O episódio ocorreu durante um encontro na residência do casal Grilo, na tarde de 26 de Março.
A O MIRANTE, Sandra Grilo conta que foi à casa onde viviam Rosa e Luís para ir buscar uns brinquedos para o filho do casal, quando reparou que as fechaduras estavam mudadas. “O RG - filho do casal Grilo - ligou ao avô para ir abrir a porta, mas este disse que ainda demorava, porque tinha ido ver a Rosa à prisão”, começa por dizer a sobrinha do triatleta. “Como nunca mais vinha chamamos a GNR, porque ele não tem o direito de trocar as fechaduras de casa sem nos avisar. Pouco depois fomos embora e só regressámos quando ele - Américo Pina - disse que estava a ir para as Cachoeiras”, continua.
Foi no momento em que Américo Pina abriu a porta da casa, que se deu o desacato. Na sua versão dos acontecimentos, conta que foi o único a ser agredido: “Bateram-me tanto, tanto. Levei pontapés nas canelas, empurrões e murros nas costas. Mas não me tentei defender”, diz a O MIRANTE mostrando as marcas das agressões.
Por sua vez, Sandra diz que Américo Pina a tentou fechar a ela, à sua mãe, Júlia Grilo, e ao sobrinho no interior da habitação e que foi nessas circunstâncias que se “gerou a confusão”. “Queria que o menino entrasse sozinho com ele, mas nunca iríamos permitir isso, porque ele diz que não se sente seguro com o avô”, diz.
Segundo a sobrinha do triatleta, já não iam àquela residência desde Novembro passado e, por isso, desconheciam que Américo Pina tivesse trocado a fechadura da porta. A O MIRANTE, este confessou que fez a troca a mando da filha, “porque andavam a desaparecer objectos lá de casa”, lembrando que Júlia Grilo só tinha a chave, porque ele lha confiou depois da detenção de Rosa. “Ainda me chamaram ladrão e assassino”, diz, acusando a família do falecido genro de estar a “pôr o menino doente e a afastá-lo da mãe e dos avós que o criaram”.