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Criminalidade na região não era tão baixa há doze anos
Região está mais segura com as autoridades a registar em 2018 o valor de crimes mais baixo desde 2012

Criminalidade na região não era tão baixa há doze anos

Queda acentuada dos crimes violentos e graves sucede-se desde há quatro anos. Os três maiores municípios do distrito de Santarém tiveram juntos mais crimes em 2018 do que o de Vila Franca de Xira, que está às portas de Lisboa e tem mais cerca de mil e seiscentos habitantes que aqueles. Esta é uma das leituras que se pode retirar do relatório de segurança interna.

A criminalidade desceu na região no ano de 2018, acompanhando a tendência que já se vem registando nos últimos anos. No caso do distrito de Santarém o número de casos está em queda desde 2012, ano em que os crimes tinham atingido o pico. Os concelhos de Vila Franca de Xira e de Azambuja, que fazem parte da área de cobertura de O MIRANTE, acompanham também a descida que se regista no distrito de Lisboa desde 2008. Tanto a criminalidade violenta e grave como a criminalidade geral baixaram para níveis abaixo dos registados há doze anos.
O concelho de Vila Franca de Xira é o que lidera os índices de criminalidade, tendo registado em todo o ano passado 3.324 casos, num universo de 87.690 no distrito de Lisboa. Mas deve-se considerar que é um município que tem mais população (141.227 residentes) que os três maiores concelhos juntos do distrito de Santarém. Se juntarmos Santarém, Ourém e Tomar, que têm um total de 139.580 habitantes, verifica-se que mesmo assim em níveis de criminalidade o concelho de Vila Franca de Xira fica abaixo destes três municípios, que juntos tiveram 4.006 casos, mais 628 que a cidade que está às portas de Lisboa.
A capital de distrito, Santarém, município com mais população (57.823 residentes), é a que está no topo da criminalidade distrital, com 1.780 ocorrências, seguindo-se o terceiro maior concelho, Tomar, que tem cerca de trinta e sete mil habitantes, com 1.180 ocorrências. A segunda maior cidade do distrito, Ourém, com quarenta e quatro mil residentes, ocupa o quarto lugar da tabela com 1.046 crimes. Curiosamente o terceiro concelho com maior criminalidade e que em 2018 registou 1.165 casos, é o de Benavente que tem cerca de trinta mil habitantes, mas sofre o efeito de estar perto de grandes centros como Lisboa e Vila Franca de Xira.
No ano passado a criminalidade geral nos vinte e um concelhos do distrito de Santarém situou-se nos 12.151 casos registados pelas autoridades, menos 4.799 que em 2012 e menos 752 que no ano de 2017. A criminalidade violenta também tem vindo a cair, sendo a mais baixa dos últimos doze anos, com 312 casos registados. Vila Franca de Xira e Azambuja acompanharam a diminuição no distrito de Lisboa que, em 2018, teve 87.690 situações, menos 3.001 que em 2017. Azambuja registou 677 crimes.
As situações de criminalidade violenta são comuns aos dois distritos, com o roubo na via pública e o roubo por esticão no topo. Segue-se a resistência e coacção sobre funcionário, que normalmente diz respeito a agressões a agentes de autoridade. No distrito de Santarém, em 2018, houve 79 casos de roubo na via pública, 66 de roubo por esticão e 63 casos de resistência e coacção sobre funcionário.
No âmbito da criminalidade geral no distrito de Santarém, o maior número de casos foi de ofensa à integridade física simples, com 835 ocorrências, seguindo-se o crime de furto em residências com arrombamento, escalamento ou chaves, com 753 casos. De entre os tipos de crime com maior incidência contam-se ainda a condução de veículos com taxas de álcool superior a 1,2g/l (657), violência doméstica (655) e fogo posto em floresta (612).

Dois municípios não chegaram a ter cem crimes

Constância e Golegã são os dois municípios que menor criminalidade registaram no ano de 2018, segundo o relatório anual do Sistema de Segurança Interna. Golegã, na Lezíria do Tejo, tem mais 1.449 habitantes que Constância, mas tem menos problemas que o município do Médio Tejo. Durante todo o ano a Golegã teve 83 situações de criminalidade, enquanto Constância, em penúltimo na tabela, registou 88 crimes. Apesar da pacatez por que é conhecido e do facto de até ter um número de habitantes próximo do de Constância, o município do Sardoal teve 102 ocorrências.
Entre os cem e os duzentos casos de criminalidade ficaram os municípios de Vila Nova da Barquinha, Alpiarça, Mação e Ferreira do Zêzere. Os concelhos da Chamusca e Alcanena tiveram, repectivamente, 264 e 309 situações de criminalidade. Outras duas grandes cidades do distrito de Santarém, Torres Novas e Abrantes, com uma população entre os 35 e os 36 mil habitantes, tiveram, respectivamente 968 e 838 ocorrências. Na casa do meio milhar estão municípios médios como Salvaterra de Magos (595), Almeirim (549) e Coruche (510). O Entroncamento teve 475 casos registados pelas autoridades. Rio Maior (702) e Cartaxo (618) completam a lista.

Criminalidade na região não era tão baixa há doze anos

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