A Câmara de Vila Franca de Xira mantém-se disponível para ajudar as corporações de bombeiros do concelho mas recusa dar tudo a todos da mesma maneira. A nota foi deixada por Alberto Mesquita, presidente do município, durante a tomada de posse dos novos membros da direcção dos bombeiros de Alhandra, depois de ter sido instado por Ricardo Caetano, o novo presidente da direcção, a ajudar equitativamente as corporações, numa alusão à polémica causada pela constituição de três novas equipas de intervenção permanente (EIP) nas três cidades do concelho – Vila Franca de Xira, Alverca e Póvoa de Santa Iria -, excluindo as corporações de Castanheira, Alhandra e Vialonga.
O autarca referiu que outras situações estarão em análise, referindo que a legislação vai alterar-se e há matérias que vão ser distintas das que existem. “Sei que todas as corporações estão a trabalhar para apresentar um documento para discutirmos e encontrarmos os caminhos necessários”, explicou Alberto Mesquita.
O autarca reconhece que nem sempre os apoios dados às corporações são os que estas esperam mas explica que o esforço tem sido significativo para que os bombeiros tenham as condições necessárias para desenvolver a sua missão. “Devemos ter apoio para todos mas, como nada é igual, é possivel identificar as corporações onde esse apoio é mais premente e onde há mais sinistralidade”, explicou Alberto Mesquita.
O novo presidente dos Bombeiros de Alhandra, Ricardo Caetano, prometeu colaboração, empenho e interligação com a comunidade e prometeu que os novos corpos sociais irão ouvir todos os contributos dos bombeiros. “Queremos fazer parte da solução e nunca do problema. Estou convicto que o senhor presidente irá resolver as várias questões que têm sido faladas nas últimas semanas [sobre as EIP]. Julgo que será mais justo na próxima proposta”, apelou.
Recorde-se que as corporações de bombeiros de Vila Franca de Xira, Alverca e Póvoa de Santa Iria rubricaram com o Ministério da Administração Interna e a câmara municipal um protocolo tendo em vista a criação de três equipas de intervenção permanente nos seus quartéis, que serão financiadas em 95 mil euros pelo município e num valor idêntico pelo Ministério da Administração Interna.