uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

O que fazer das árvores no espaço público?

As queixas contra a presença de árvores no espaço público avolumam-se e eu receio que, se os responsáveis autárquicos começarem a tentar satisfazer todos os queixosos, venhamos a ter, a curto prazo, partes de vilas, aldeias e cidades, cada vez mais áridas.
É o pólen de algumas flores que é acusado de provocar alergias, são as folhas que entopem algerozes, as raízes que danificam passeios ou os ramos que se estendem até janelas e varandas, podendo favorecer um eventual ladrão que utilize o método da subida às árvores para entrar onde não deve. As árvores estão na mira dos cidadãos activistas como me parece nunca terem estado.
Numa altura em que muitas praças e pracetas foram “desflorestadas” para não darem trabalho, no âmbito de modernos processos de reabilitação urbana que substituem relva, flores, arbustos e árvores, pelos mais diversos tipos de pavimentação em pedra e acabaram com qualquer sombra, é preocupante o que se está a passar.
Primeiro abatiam-se árvores por ameaçarem cair. Árvores velhas e podres. Depois foram os plátanos e as suas enormes folhas e raízes. Agora vai tudo a eito ao ritmo das queixas. Respiram fundo os queixosos e agradecem alguns autarcas que não conseguem recrutar jardineiros ou que não têm dinheiro para lhes pagar.
Desejo que haja bom senso porque se esta perseguição às árvores continuar vamos ficar pior do que estamos.
Joaquim Manuel Joaninha Geraldes

Mais Notícias

    A carregar...