Preso por ter cão ou preso por não ter. Este foi o dilema com que se deparou nas últimas semanas o presidente da União de Freguesias da Cidade de Santarém, Carlos Marçal, perante a contestação de moradores devido aos transtornos causados pelo corte de vegetação nalgumas zonas da cidade. Pó, ruído e condicionamentos do trânsito estiveram na origem de reclamações e até de queixas às autoridades policiais. A contestação verificada em zonas como as do Sacapeito e da Avenida dos Combatentes obrigaram mesmo à suspensão temporária dos trabalhos e a pausas forçadas para operários e máquinas que procediam ao corte de ervas. Curiosamente, tudo aconteceu na mesma cidade onde são frequentes as publicações indignadas nas redes sociais devido à proliferação de ervas e à deficiente limpeza urbana. Já dizia um centurião romano, há uns bons dois mil anos, que “há nos confins da Ibéria um povo que não se governa nem se deixa governar”. E os descendentes por cá continuam...