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Pesca desportiva ajuda a desenvolver o interior mas faltam espaços de competição
Carlos Batista, presidente da Federação Portuguesa de Pesca Desportiva

Pesca desportiva ajuda a desenvolver o interior mas faltam espaços de competição

A Federação Portuguesa de Pesca Desportiva confronta-se com poucos locais para a realização de campeonatos nacionais e internacionais. O presidente dos pescadores diz que Coruche é um bom exemplo, mas realça que os autarcas deviam olhar para a modalidade com outros olhos, já que esta actividade movimenta a economia local.

A pesca desportiva pode ser um factor de dinamização das zonas do interior, das vilas, de aldeias onde escasseiam actividades que chamem gente de fora e contribuam para a economia local. O presidente da Federação Portuguesa de Pesca Desportiva considera que há necessidade de os autarcas olharem para esta modalidade com outros olhos e apostarem na criação de pistas e locais de pesca. Carlos Batista, em declarações a
O MIRANTE, realça que a pesca desportiva é um potencial que está a ser mal explorado pelos municípios.
No distrito de Santarém são poucos os locais apropriados para a pesca e é sobretudo em Coruche que se realizam alguns dos campeonatos nacionais e internacionais. Para o próximo ano está previsto para a vila do rio Sorraia um campeonato da Europa de pesca à boia. Um dos quatro eventos internacionais que a federação conseguiu para o país e que tem de ser aproveitado como um potencial para o desenvolvimento da modalidade e da economia, já que movimenta centenas de pessoas, que têm de ficar alojadas e fazer refeições nos locais.
Carlos Batista salienta que o “interior do país tem muito pouca actividade em termos desportivos e em muitas situações pouca população”. Conscientes deste contexto, refere o dirigente, já há alguns autarcas que pedem para que se organizem competições nos seus territórios, “porque nas alturas mortas entre Fevereiro e Abril e entre Outubro e Dezembro, conseguimos através dos campeonatos nacionais e regionais movimentar entre 100 a 200 pessoas. Mas para o presidente da federação há municípios com “cenários de pesca ideais que não acreditam nesse potencial e não apostam”.
O facto de algumas autarquias não apostarem nesta modalidade está a criar problemas à federação, que se vê cada vez mais confrontada com menos espaços para a prática da pesca desportiva. Carlos Batista dá como bom exemplo o município de Coruche, onde o Sorraia já foi palco de vários campeonatos do mundo. “É uma pista de excelência, das melhores em Portugal. Mas há a necessidade de, na região do Ribatejo, aproveitar melhor os cursos de água que existem”.
Em relação aos resultados da modalidade, Carlos Batista refere que há uma década se registou um crescendo em termos quantitativos e qualitativos. “Neste momento, por variadas razões, nomeadamente a crise que verificou entre 2008 e 2011, fez com que muita gente desistisse”. O presidente da Federação Portuguesa de Pesca Desportiva reconhece que este é um desporto que não é barato e houve muitos pescadores que desistiram de competir. No entanto, realça, há uma grande qualidade de praticantes, mas se não existirem condições para a competição ou para os treinos os pescadores de outros países acabam por sobressair em relação aos portugueses.

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