Vila Franca de Xira enterra ideia de construir novo estádio municipal
Município já detém actualmente o Campo do Cevadeiro que é usado pela UDV. Presidente da câmara defende que os privados que ganham dinheiro usando um campo municipal, como é o caso do Vilafranquense, devem ajudar a financiar as obras que o espaço precisa e não ficarem só à espera do dinheiro dos contribuintes. Até final do mandato, promete, vão acabar todos os campos pelados do concelho.
O município de Vila Franca de Xira e o seu executivo não têm “intenção nenhuma” de construir um novo estádio de futebol no concelho e, nos tempos mais próximos, não está disponível para tal empreitada. A garantia foi avançada pelo presidente do município, Alberto Mesquita (PS), na última reunião pública de câmara, onde se falou, entre outros assuntos, da necessidade de obras no Campo do Cevadeiro, onde joga a União Desportiva Vilafranquense (UDV), que subiu recentemente à II Liga de futebol profissional e terá de jogar em Rio Maior por falta de condições do Cevadeiro.
O Campo do Cevadeiro é municipal mas é um grupo de investidores privados da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) da UDV que usa o recinto com fins comerciais. Logo, se estão a ganhar dinheiro usando meios muncipais, também lhes compete dar o seu contributo para financiar obras que o espaço precisa, deu a entender o autarca, admitindo que as primeiras obras só devem arrancar em 2020.
Câmara quer obras a meias
Alberto Mesquita diz que a câmara comprometeu-se, tendo em conta que o campo é municipal, a fazer um levantamento topográfico de tudo o que lá está. Depois disso será feito o projecto para executar faseadamente o que a Liga de Futebol exige. “Sendo que, nesse faseamento, a câmara fará umas coisas e as outras alguém fará. Porque estamos a falar de muitas centenas de milhares de euros”, rematou.
O autarca garante que as questões de desporto profissional não dizem respeito à câmara e que o que será feito é ajudar “num ou outro aspecto” que tenha a ver com a formação dada pelo clube. “Não podem exigir à câmara o financiamento de opções do desporto profissional”, notou, lembrando que a câmara não ignora a necessidade de obras no Cevadeiro.
“Estas questões não são fáceis. Uma delas tem a ver com as bancadas, que têm de ser destruídas porque a Liga exige um determinado número de espectadores. Depois é a distância entre o limite do campo e as bancadas, que hoje é perigoso e inseguro. E depois temos as questões dos balneários e acessos”, explicou o autarca, frisando que melhorar o campo é uma coisa, “construir um novo estádio é outra completamente diferente”.
Pista de atletismo da Póvoa precisa de obras
A melhor pista de atletismo existente no concelho de Vila Franca de Xira está situada no campo do União Atlético Povoense mas não está homologada pela Federação Portuguesa de Atletismo. Precisa de obras no valor de 150 mil euros e Alberto Mesquita já pediu o projecto para analisar no seu gabinete. “Se já temos a pista e ela pode ser certificada, talvez valha a pena analisar e avançar”, declarou.
Pelados acabam até ao final do mandato
Os campos pelados que ainda existem no concelho de Vila Franca de Xira, bem como outros sintéticos antigos que precisam de substituição, vão ter relvados sintéticos novos até ao final do mandato, assegurou Alberto Mesquita, durante a aprovação de uma proposta para instalação de um novo sintético nos campos do Juventude da Castanheira.
Além do Bragadense (Póvoa de Santa Iria), vão também ser instalados sintéticos no Grupo Desportivo de Vialonga, UDV e no Alhandra Sporting Club, sendo que este último é o mais complicado, não havendo ainda uma definição clara do que fazer ao pelado da Hortinha.
“Enviámos três opções à direcção do clube, que terá agora de dizer definitivamente o que é que quer. Estamos disponiveis para resolver mas aguardaremos a decisão do Alhandra. Depois então trarei uma proposta para encontrarmos solução”, explica Alberto Mesquita.