Os assaltos que se têm registado nos últimos tempos a moradias em aldeias da União de Freguesias de Serra e Junceira, no concelho de Tomar, estão a gerar apreensão e insegurança entre a população, habituada a uma vida pacata. As atenções dos ladrões têm-se dirigido sobretudo para casas de segunda habitação, em que os proprietários residem fora da freguesia e só vêm a casa ao fim-de-semana.
A grande maioria dos lesados só percebe que foi assaltada quando regressa a casa. A informação foi dada a O MIRANTE pelo presidente da União de Freguesias, Américo Pereira, que confirma que, desde há cerca de um mês, mais de dez casas foram assaltadas. O alvo dos ladrões tem sido máquinas agrícolas, torneiras, ferramentas, candeeiros, lustres. “Tudo o que dê para vender no ferro-velho é o que eles têm levado. Por exemplo, televisões não levam porque não têm interesse”, explica Américo Pereira.
O autarca afirma que a situação tem gerado um sentimento de insegurança entre a população. “É uma situação preocupante e complicada que causa alarme social”, diz. Algumas pessoas apresentaram queixa na Guarda Nacional Republicana (GNR) mas Américo Pereira admite que nem todos o fazem porque acham que não vale a pena. “Algumas pessoas são idosas e não estão para se deslocar ao posto da GNR para apresentar queixa, até porque consideram uma perda de tempo. Como os autores dos roubos não são conhecidos já se sabe que a queixa não vai dar em nada”, lamenta.
Um morador, que prefere não ser identificado, conta a O MIRANTE que a sua casa, que se situa numa zona mais isolada da localidade de Junceira, foi assaltada durante o dia quando este saiu. “Levaram-me ferramentas e coisas de metal. Não roubaram muito, percebe-se que eles querem metal e cobre. Deve ser para venderem. Uma pessoa agora nunca está descansada com medo que eles voltem”, afirmou.
O presidente da União de Freguesias diz que falta policiamento nas freguesias rurais mas que a GNR faz o que pode uma vez que há falta de pessoal a nível nacional.