A Carnes Nobre é uma empresa de origem familiar que nasceu em 1957 em Rio Maior. Ao longo dos anos foi mudando de proprietários, integrando actualmente o grupo multinacional Sigma. A Nobre consolidou-se como uma marca líder de mercado e referência no país e também além-fronteiras.
Sinal disso é o crescente volume das exportações que, na média dos últimos seis anos, representa cerca de 30 por cento do volume total de negócios. Em 2018, a facturação da Carnes Nobre foi de 120 milhões de euros. Espanha, França, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Luxemburgo são os principais mercados externos para onde seguem salsichas e enchidos enlatados, entre outros artigos produzidos em Rio Maior.
Atenta às novas tendências do mercado, a empresa tem apostado na inovação tecnológica para desenvolver soluções para melhorar ou criar novos produtos, não só à base de carne mas também destinados aos públicos vegan e vegetariano. Muita da tecnologia do grupo é ali testada e depois implementada nas outras fábricas no estrangeiro.
As salsichas ou o fiambre continuam a ser estrelas entre a gama de produtos Nobre. Mas hoje têm como companhia queijos, fatias vegetarianas com legumes, salsichas de tofu e de soja, ou até sopas para seniores produzidas para outras empresas do grupo na Europa, diz Adélia Madaleno, directora executiva financeira da Carnes Nobre.
A Carnes Nobre tem concentrada a sua produção e a sua base logística em Rio Maior, empregando perto de 800 pessoas. A fábrica de Rio Maior é a segunda maior entre as trinta que o grupo Sigma tem na Europa. A empresa é a maior empregadora do concelho e é a partir dali que pretende continuar a crescer, diz o CEO da Carnes Nobre, Rui Silva .
Apesar de estar há mais de trinta anos nas mãos de multinacionais, a Carnes Nobre tem conseguido manter uma autonomia muito marcada, garantindo a continuidade de uma histórica marca nacional. Tem uma direcção portuguesa, o que também não é muito comum nas multinacionais baseadas em Portugal.
A Nobre destaca-se ainda pela sua responsabilidade social e ambiental. Doa anualmente toneladas de alimentos e tem desenvolvido soluções para diminuir o consumo de energia eléctrica, petróleo, gás e água. Procede ao tratamento das suas águas residuais através de uma ETAR que tem capacidade para o tratamento do dobro dos efluentes que actualmente recebe.