Samora Correia dá música aos mais jovens
A sede da Sociedade Filarmónica União Samorense acolheu no sábado, 9 de Novembro, a 2ª edição do Encontro de Bandas Juvenis com a presença das bandas de Samora Correia, Santo Estêvão e Muge. O MIRANTE falou com o maestro e alguns dos jovens músicos da banda de Samora Correia, que explicaram as razões que fazem da música uma paixão comum.
O maestro da banda da Sociedade Filarmónica União Samorense (SFUS), Henrique Ruivo, chegou há dois meses ao projecto e confessa-se entusiasmado. A banda de Samora Correia é composta por cerca de 40 elementos, estando mais 20 na escola de música à espera da entrega de um instrumento para começarem a tocar.
A média de idades dos músicos varia entre os seis e os 40 anos, o que significa que, segundo Henrique, a banda está viva e de boa saúde, e isso também se deve à população local. “As pessoas de Samora Correia são fantásticas e acompanham-nos muito. Isto faz com que haja mais gente a querer pertencer a este projecto”, afirma, explicando que o objectivo é fazer com que os jovens aprendam e gostem de música para a poderem transmitir mais tarde às gerações seguintes.
Beatriz Parreira começou a tocar música há seis anos por influência da avó que sempre quis que ela aprendesse a tocar um instrumento. Escolheu a flauta transversal, que a acompanha para todo o lado. “Levo a flauta para quase todo o lado. Inclusive para a escola, onde de vez em quando fazemos umas actuações musicais”, conta para explicar que a música é uma paixão e, embora gostasse, sabe que vai ser muito difícil viver só dela. O convívio e a amizade são as duas razões que fazem Beatriz querer pertencer à banda da SFUS e a levam a afirmar que o seu futuro musical passa por ficar naquele grupo muitos mais anos. “Aqui sinto-me em casa”, conclui sorridente.
Foi também entre sorrisos e num português perfeito que Kristian Petkov se apresentou ao jornalista de O MIRANTE. Kristian nasceu em Portugal e é filho de pais búlgaros. De forma um pouco envergonhada confessa que desde pequeno sente que tem um dom musical. “Não sou convencido. Mas na escola primária sempre fui o melhor nas aulas de música e as professoras estavam sempre a elogiar-me”, refere.
Kristian diz que foram as professoras que o encaminharam para a banda porque acharam que tinha que aprender um instrumento de maiores dimensões. Optou pelo clarinete porque sentiu uma ligação forte ao instrumento. “O som que sai deste instrumento é lindo e deixa-me muito orgulhoso poder transmiti-lo a quem me ouve”, diz, fazendo depois uma breve actuação para demonstrar o que acaba de dizer.