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A minha terra é a Carregueira  e tem tudo mas vai ficando sem habitantes


Sou ribatejana, nasci na aldeia da Carregueira, no concelho da Chamusca. Apesar de não viver lá e de ir lá apenas duas a três vezes por ano, ainda possuo lá a casa que era dos meus pais e não me esqueço da terra onde nasci.
Na aldeia da Carregueira, que é grande, existe tudo. Farmácia, médico, laboratório de análises, um bom centro da Terceira Idade, cafés, pastelaria, padaria, supermercados, restaurante, ranchos folclóricos e banda de música.
Infelizmente a aldeia é afectada pela quantidade de camiões de resíduos que por lá passam e não é apenas na Rua Direita. Fazem estremecer as casas, deixam cheiro nauseabundo, estragam as ruas. O presidente da junta de freguesia diz que já mandou reclamações para a Infraestruturas de Portugal mas nem sequer obteve resposta.
Quando começaram a passar lá os camiões disseram que era por pouco tempo porque iam fazer uma estrada pela charneca, mas até hoje nada fizeram e já passaram vários anos. Para além dos camiões, de tempos a tempos, há boatos sobre as águas estarem contaminadas e há muitas pessoas que saíram da terra.
Há imensas moradias para arrendar com preços de 150, 200 e 250 euros ao mês e há também algumas à venda, assim como terrenos e andares mas não aparecem interessados. Se assim continuar a Carregueira pode vir a ser uma aldeia sem vida.
É por isto que peço para que O MIRANTE faça uma visita à minha terra para mostrar esta situação.
Sara Rosa Anacleto

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