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Os que nos querem fazer crer que o Serviço Nacional de Saúde é um caos

No suplemento de aniversário de O MIRANTE, a propósito do Serviço Nacional de Saúde, o presidente da AIP, José Eduardo Carvalho, que é do Cartaxo, disse o seguinte: “Experimentem ter necessidade de recorrerem aos serviços públicos de saúde, por exemplo, na Irlanda ou em Itália e depois digam mal do nosso SNS. As dificuldades do SNS são empoladas pelas reivindicações corporativas. Há três pessoas em Portugal que todos os dias aparecem na televisão com um discurso corrosivo. O bastonário da Ordem dos Médicos é uma delas”.
Não posso estar mais de acordo. Os ataques ao Serviço Nacional de Saúde têm vindo a crescer à medida que aumenta o investimento privado na área da saúde e a venda de seguros de saúde e, na primeira linha desses ataques, faz sempre questão de estar o Bastonário da Ordem dos Médicos...e já agora, embora não recentemente, a Bastonária da Ordem dos Enfermeiros (os dois acabam por surgir aos olhos de cidadãos como sindicalistas e não bastonários).
A médica Isabel do Carmo escreveu o seguinte num texto publicado no sábado, no jornal Público: “O Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem aparecido aos olhos do público como sendo um caos, mas não é um caos. Convém ver a quem aproveita esse retrato e claro que se chega facilmente à conclusão que aproveita a quem vive do negócio da saúde: serviços privados e seguros. Não é o caso dos profissionais do SNS que acreditam que este é um serviço que está na base, a par da Educação e da Segurança Social, do que nos resta na luta pela igualdade”.
E acrescenta aquilo que todos os que não se deixam endrominar pelos arautos da desgraça: “ (...) é verdade que há problemas reais, que se podem localizar, aliás, diagnosticados, sem que apareçam análises tranquilas no meio do tumulto. Há atrasos no acesso a consultas hospitalares? Quais, onde e porquê? Há atraso em cirurgias? Quais, onde e porquê? Há falta de especialistas nas urgências? Quais, onde e porquê?”. São perguntas que não vemos serem colocadas pelos jornalistas que amplificam os discursos do caos.
Jorge Carolino

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