A presidente da Câmara de Alcanena, Fernanda Asseiceira (PS), repudia o conteúdo de uma carta aberta sobre os maus cheiros no concelho, assinada por dois autarcas da oposição e por um munícipe, considerando-a um ataque pessoal.
A carta, que faz um historial dos maus cheiros que se fizeram sentir entre Agosto e Outubro deste ano, em Alcanena, foi enviada para o Presidente da República, para o primeiro ministro e para diversas instituições ambientais, nomeadamente a Agência Portuguesa do Ambiente e a Agência Europeia do Ambiente, entre outras. A carta é assinada por João Carlos Pinto, vereador da oposição na Câmara de Alcanena pela coligação PSD/CDS/MPT, Ivo dos Santos, eleito na assembleia municipal pela CDU e Jorge Batista, um morador de Alcanena.
A presidente da câmara diz que retira desta acção apenas uma “leitura política”. A O MIRANTE, João Carlos Pinto e Ivo dos Santos sublinham que a carta foi efectuada a título pessoal, sem qualquer apoio dos grupos políticos que representam.
No documento é solicitado que as entidades intercedam no sentido de preservar o concelho de Alcanena e que se cumpra a Constituição da República Portuguesa “no seu direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado”.
O assunto foi debatido na reunião da Câmara de Alcanena realizada no dia 3 de Dezembro. Fernanda Asseiceira considerou o momento da carta como “extemporâneo e sem qualquer razão de ser”, numa altura em que os maus cheiros deram tréguas ao município desde meados de Outubro.
A autarca disse ainda que irá responder pelas mesmas vias, para os mesmos destinatários, para “repor a verdade dos factos”, referiu a O MIRANTE. “Não entendo esta atitude. É mais uma acção por parte da oposição que em nada dignifica o bom nome de Alcanena” disse, acrescentando que a oposição “nem para os seus cidadãos está a fazer um bom trabalho”.