Novo terminal Rodoviário de Santarém vai ser no Campo Infante da Câmara
O Campo Infante da Câmara, no centro de Santarém, foi o local escolhido pelo município para localizar o novo terminal rodoviário da cidade, quando entrar em vigor a concessão do Serviço Público de Transporte Rodoviário de Passageiros na Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT). O concurso público internacional deve ser lançado até final deste ano e a concessão terá uma duração de cinco anos.
Esta localização terá carácter provisório, referiu o presidente da câmara, Ricardo Gonçalves (PSD), e não vai hipotecar o futuro daquela zona nobre da cidade que o município pretende requalificar para espaço de fruição e lazer. O autarca respondia ao deputado municipal José Gandarez, que levantou um assunto que até agora vinha sendo tratado com alguma discrição.
Gandarez, um opositor interno de Ricardo Gonçalves no PSD e que é também dirigente da SAD da União de Santarém, criticou essa opção, justificada pela urgência, dizendo que vai ao arrepio das políticas públicas de retirar os veículos pesados dos centros das cidades e que uma decisão por cinco anos não é propriamente temporária. Preocupação igualmente manifestada por Francisco Mendes, da bancada do PS, que teme que uma solução provisória se possa tornar definitiva, referindo que “mesmo cinco anos é muito tempo”.
Ricardo Gonçalves justificou essa opção com a necessidade de o município de Santarém dispor de um terminal rodoviário público quando entrarem em funcionamento os Transportes da Lezíria do Tejo. Explicou que o terminal vai ser constituído por módulos, sendo uma solução transitória. Acrescentou que a escolha respeitou a vontade da maioria das pessoas ouvidas num inquérito que preferiram que o terminal rodoviário continuasse no planalto citadino em detrimento de opções mais periféricas, que também encareceriam o serviço de transportes urbanos.
O actual terminal, operado pela Rodoviária do Tejo, está instalado há muitos anos na movimentada Avenida do Brasil, no centro da cidade, e a sua transferência para outro local é falada há muito. Ricardo Gonçalves revelou que ainda negociou a continuidade do terminal nesse local, mas não foi possível chegar a acordo com as restantes partes, nomeadamente a Rodoviária do Tejo e a empresa Roques, proprietária do edifício.