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Reunião com ministra decide futuro do Cegada de Alverca
foto DR Ministra da Cultura prometeu à Câmara de Vila Franca de Xira que o processo de apoio ao Cegada seria alvo de uma reanálise

Reunião com ministra decide futuro do Cegada de Alverca

Companhia de teatro vai ser recebida no Ministério da Cultura para tentar sensibilizar a governante para a situação. Presidente da Câmara de Vila Franca de Xira continua a exigir que sejam atribuídos apoios.

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, vai receber os representantes da companhia de teatro Cegada, de Alverca, neste mês de Janeiro, numa tentativa de obter uma solução para o impasse em que se encontra a falta de financiamento àquela estrutura artística. A reunião foi conseguida a pedido do presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita, que também já reuniu com a governante antes do Natal para expressar a sua insatisfação face à decisão de cortar os apoios financeiros ao Cegada.
“Tivemos a reunião com a ministra, correu bem e foi analisado este processo. A ministra informou-nos que o processo vai ter uma reanálise e que depois disso seríamos informados. De qualquer modo insisti na necessidade dela falar com o Cegada e essa reunião já está marcada e vai acontecer”, informou o autarca.
O corte do financiamento estatal ao Cegada pôs em causa o seu funcionamento e 17 postos de trabalho. Alberto Mesquita já tinha defendido que a situação representava uma perda cultural importante para a comunidade. O Cegada anunciou o encerramento de portas e suspendeu a actividade a partir de 1 de Dezembro de 2019 por falta de financiamento estatal.
Em causa está o facto de ter sido um dos 75 grupos que não recebeu qualquer apoio no Programa de Apoio Sustentado 2020-2021 por parte da Direcção-Geral das Artes (DGArtes). O projecto apresentado a concurso foi elaborado em parceria com a Câmara de Vila Franca de Xira, considerado elegível pelo júri e pontuado por aquela entidade com um resultado de 79 por cento, mais 15 pontos percentuais que a última candidatura apoiada. Mesmo assim o grupo ficou excluído dos apoios.
A Câmara de Vila Franca de Xira já apoia financeiramente e numa base anual o Cegada, mas sem o apoio adicional do Estado foi impossível manter a companhia em funcionamento. A programação artística anual de espectáculos ultrapassa as sessenta sessões por ano e serve mais de oito milhares de espectadores numa base regular na região onde está inserido. A recente adaptação de “Fronteira Fechada”, de Alves Redol, teve 659 espectadores em nove sessões.

Autarcas de Alverca exigem financiamento para Teatro Ildefonso Valério

Os eleitos da Assembleia de Freguesia da União de Alverca do Ribatejo e Sobralinho aprovaram por unanimidade, na última sessão, uma moção exigindo ao Governo que encontre uma solução para o impasse em que se encontra o Teatro Estúdio Ildefonso Valério, dinamizado pelo grupo de teatro Cegada, que não conseguiu ainda financiamento público para se manter em actividade.
No documento, os eleitos reclamam o direito a aceder a espectáculos culturais e exigem que o Governo aloque, no mínimo, um por cento do Orçamento de Estado para a cultura, “corrigindo assim o sufoco em que permanentemente se encontra a criação artística em Portugal”, referem.
O documento foi apresentado pela bancada do Bloco de Esquerda, que considera também que o “escasso orçamento” para o programa de apoio à criação artística “está longe de responder às necessidades de financiamento das candidaturas que cumprem todos os critérios de elegibilidade”, como é o caso da companhia Cegada.

Reunião com ministra decide futuro do Cegada de Alverca

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