“Vemos as festas e eventos como um investimento e não como um custo”

“Vemos as festas e eventos como um investimento e não como um custo”
João Teixeira Leite preside à empresa municipal Viver Santarém desde 2019

Antigo vereador da autarquia, João Teixeira Leite vai viver o feriado municipal de Santarém pela primeira vez como presidente da empresa municipal Viver Santarém, co-organizadora dos principais eventos na cidade. Salienta as mais valias que esse tipo de iniciativas traz para a economia local e refere que as actividades taurinas vão continuar a fazer parte das festas.

Alguns autarcas da oposição têm criticado a profusão de eventos festivos em Santarém. Como analisa a situação?

Julgo que a melhor forma de analisarmos essa crítica é ignorá-la e vermos a forma como Santarém e a população em geral se mobiliza para este tipo de eventos. Hoje, esta cidade é um palco de festa e cultura do nosso país e esse é um esforço que o executivo camarário tem feito ao longo dos últimos anos. Enquanto responsável pela empresa municipal Viver Santarém, que organiza todos os eventos, não nos vamos desviar de trazer e vincar cada vez mais este tipo de eventos. Estas iniciativas trazem público à cidade, dinamizam o nosso comércio local e nós, enquanto capital do Ribatejo, não vamos abdicar de mobilizar e de ser um pólo atractivo para quem nos quiser visitar. Sabemos o quanto é importante para a nossa economia e para a nossa população este tipo de iniciativas e, portanto, há que procurar melhorar ano após ano a qualidade dos nossos eventos.

O investimento em festas e grandes eventos tem retorno de que forma?

A câmara municipal delegou na empresa municipal este tipo de eventos até com o intuito de podermos desenvolver também investimento privado. Aquilo que é o nosso foco neste tipo de eventos é que esse envolvimento privado possa colmatar, em termos de receita, os custos que os eventos têm por natureza. Aquilo que estamos a fazer, de evento em evento, é que o resultado de cada um deles não tenha custos para o concelho, com todas as mais valias que estes eventos representam para o nosso território. Vemos este tipo de actividades como um investimento e não como um custo, sendo que temos privados ao nosso lado que nos ajudam a colmatar os custos.

As Festas de São José ganharam novo figurino há cerca de 15 anos. É um modelo que deve ser mantido?

É um modelo que tem resultado muito bem. Não nos queremos desviar dessa rota. Vi nascer, enquanto autarca, em 2005, quando pertencia à assembleia municipal, este novo formato das Festas de São José e, portanto, desde aí julgo que, de edição para edição, são sempre todas especiais. Digo isto enquanto escalabitano. Como responsável pela Viver Santarém a participação é mais intensiva e julgo que o meu contributo e dos técnicos da empresa e da câmara municipal é de melhorarmos aquilo que já foi muito bem feito nos anos anteriores.

A festa brava continua a fazer parte das festas em Santarém. A contestação anti-taurina passa-vos ao lado?

Completamente. Basta ver os milhares de pessoas que vão às corridas de toiros e estão nas picarias para perceber que esta é uma tradição. Santarém até tem uma responsabilidade acrescida porque é a capital do Ribatejo e essas tradições que também mexem muito com a nossa economia local devem ser mantidas.

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