A última sessão ordinária da Assembleia Municipal de Ourém, que decorreu a 29 de Fevereiro, teve muito pouco que contar, uma vez que os assuntos abordados foram quase todos administrativos e reuniram, na maioria, o consenso. Nota de destaque apenas para o facto de ter havido três pedidos de defesa da honra por parte de eleitos, uma situação que não é muito habitual e que levou o presidente da assembleia municipal, João Moura (PSD), a afirmar, em jeito de brincadeira, que os deputados estavam com “a honra muito sensível”.
A primeira intervenção em defesa da honra foi de Cília Seixo (PS), que subiu ao palanque para fazer um discurso longo, ao ponto de ser interrompida por João Moura, que referiu o carácter político da comunicação que nada tinha a ver com a sua defesa da honra. Cília Seixo referiu que tinham sido feitas críticas, pelo executivo camarário liderado por Luís Albuquerque (PSD), à vereação de que faz parte (PS) por não quererem apostar no investimento na zona norte do concelho, sobretudo na reabilitação do mercado da Freixianda e da zona industrial. A autarca defendeu-se dizendo que não concorda com a utilização de dinheiros públicos sem que se saiba a forma como estão a ser investidos.
Pouco tempo depois, e quando o tema da discussão incidia sobre quem são os responsáveis pelas empreitadas que estão a decorrer no concelho, Luís Albuquerque afirmou que o socialista José Alho também tem muitas ideias mas que acabam por nunca passar disso. José Alho pediu à mesa a defesa da honra por se ter sentido ofendido com a insinuação de Luís Albuquerque.
O último pedido de defesa da honra foi de Paula Martins, também eleita do PS, que se queixou do facto de Luís Albuquerque ter mencionado o trabalho que desenvolve na sua actividade profissional, fazendo comparações. Paula Martins disse que nunca se refere a Luís Albuquerque como sócio-gerente de uma empresa de contabilidade.